PHAINÓMENON E PHANTASÍA NO CETICISMO DE SEXTO EMPÍRICO
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v9i17.26886Palavras-chave:
Pirronismo. Phainómenon. Phantasía. Sexto Empírico.Resumo
Além de motivar a suspensão de juízo [epokhé], o cético também aceita o que aparece [phainómenon] e faz desse assentimento seu critério de ação. Nesse sentido, o conceito de phainómenon é também fundamental para o pirronismo antigo; sua definição, entretanto, está intimamente relacionada com a ideia de aparência [phantasía], o que pode gerar certa confusão com o sentido deste outro termo. A phantasía ou a aparência de algo se refere a um evento subjetivo, algo que ocorre na mente do sujeito; já o phainómenon ou a coisa mesma que aparece é um evento objetivo e independente de qualquer sujeito. Portanto, faz-se necessário delimitar de modo mais preciso os contornos de cada um desses conceitos dentro do ceticismo pirrônico. A proposta deste artigo é jogar alguma luz principalmente sobre esses dois conceitos, a saber, phainómenon e phantasía, e tentar esclarecer suas diferenças e semelhanças. Para esse propósito, tomaremos como referência principal o texto Hipotipóses pirronianas, de Sexto Empírico.
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