VONTADE DE PODER COMO MORAL

Nietzsche e a inocência da aniquilação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v4i8.11698

Palavras-chave:

Nietzsche. Losurdo. Aniquilação. Devir. Inocência.

Resumo

O presente trabalho pretende corroborar a tese segundo a qual os escritos de Nietzsche, seguindo exigência firmada pelo próprio filósofo, só escrupulosamente podem ser compreendidos se respeitada a seguinte orientação metodológica: que se percorra suas metáforas conforme o modo como evoluem, no devir seu pensamento, de forma imanente ”” sem acréscimos exteriores ao próprio
texto. Isso, contudo, deve ser feito investigando, primeiro, o modo como Nietzsche compreende o exercício da boa hermenêutica partindo das condições de validade de todo discurso ”” que se ancora na indigência das palavras inscrita na própria função gregária da linguagem ”” e, em segundo, como distorções de tipo exegético, tal qual buscamos apontar, por exemplo, na apropriação política feita por Domenico Losurdo do termo Vernichten, usado por Nietzsche em certos contextos, resultam de uma atitude arredada quanto ao respeito desse escrúpulo metodológico.

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Biografia do Autor

Rodrigo Juventino Bastos de Moraes, Universidade de São Paulo

Graduando em Filosofia pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

06-12-2016

Como Citar

Bastos de Moraes, R. J. (2016). VONTADE DE PODER COMO MORAL: Nietzsche e a inocência da aniquilação. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 4(8), 71–80. https://doi.org/10.26512/pl.v4i8.11698

Edição

Seção

Artigos