A BOA VONTADE E O DEVERNA GÊNESE DA FUNDAMENTAÇÃO MORAL DE KANT
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v1i2.11531Palavras-chave:
Kant. Boa vontade. Dever. Moralidade.Resumo
Este trabalho pretende analisar os conceitos de boa vontade e dever expostos por Kant na Primeira Seção da sua Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Parte-se da tese kantiana de que a boa vontade é boa em si mesma, sem estar ligada a qualquer finalidade. Ou seja, a boa vontade é boa incondicionalmente. Com o intuito de esclarecer o conceito de boa vontade Kant introduz o conceito de dever, que para os seres racionais finitos, no caso, o ser humano, apresenta-se como condição de uma boa vontade, isto é, de uma ação incondicionalmente boa. Enfatiza-se que somente são ações morais aquelas realizadas exclusivamente por dever, livres de qualquer tipo de inclinação empírica. Acerca do dever, procura-se esclarecer as três proposições de Kant, destacando o caráter proeminente da razão no agir moral. Na conclusão, defende-se que os conceitos de boa vontade e dever são pressupostos necessários para o intento kantiano de uma fundamentação da moralidade, possibilitando a formulação do imperativo categórico.
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