O cão versus o lobo ou qual a diferença entre Platão e Górgias?

Autores

  • Anúzia Gabrielle Cavalcante Brígido Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

Górgias;, Platão;, Sofista;, retórica

Resumo

Não raras vezes os chamados “sofistas” são interpretados a partir da caracterização presente nos diálogos de Platão e esta mesma caracterização não é de todo abandonada, ainda quando essas interpretações se propõem a partir diretamente dos textos dos "sofistas" - estabelecidos em séculos bem mais próximos de nós que deles -  na tentativa de reabilitar suas imagens ou discordar de Platão. Parece-nos que, a despeito disso ou exatamente por isso, existe um certo consenso em torno do conceito de “sofista” ser uma criação platônica e de não podermos nos fiar em sua caracterização se quisermos chegar a uma compreensão mais adequada do pensamento de determinado “sofista”. Partindo disso, o presente trabalho pretende esboçar alguns questionamentos sobre o significado dessa caracterização e caça ao “sofista” efetuadas por Platão. Mais especificamente, usaremos a imagem de Górgias criada por Platão para sugerir que Platão parece não só não estar interessado simplesmente em interpretar e criticar as teses "sofísticas" em nome de um saber pretensamente desinteressado, como muitas vezes se utiliza das mesmas estratégias discursivas dos "sofistas".

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Biografia do Autor

Anúzia Gabrielle Cavalcante Brígido, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda em Filosofia

Referências

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Publicado

2017-01-14

Como Citar

Brígido, A. G. C. (2017). O cão versus o lobo ou qual a diferença entre Platão e Górgias?. PHAINE: Revista De Estudos Sobre Antiguidade, 1(2), 17–23. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/phaine/article/view/7168

Edição

Seção

Artigos