Cidadania Cultural LGBT

um direito sem efetividade.

Abstract

Este artigo discute a não efetividade da cidadania cultural no que respeita à população LGBT.  Realiza breve historicidade acerca da memória, com a sua elevação, juntamente com a história, à patrimônio cultural, integrante dos direitos fundamentais, e  aborda a sua tutela legislativa. Problematiza a invisibilidade de atores singulares do segmento nos espaços de memória da cidade. Denuncia a destruição sistemática de fontes históricas; a prevalência da noção exclusivamente privada nos acervos culturais; a ausência de canais institucionais de efetiva interlocução entre as instituições detentoras de arquivos e acervos e para a participação da população, falhando o estado brasileiro no seu dever constitucional.  Discute a ainda parca preocupação do segmento em lutar pela sua preservação e acessibilidade. Inventaria iniciativas comunitárias em acervos, pesquisa e museologia.  Conclui apontando algumas sugestões e destacando a função estratégica da história, memória e cultura como mecanismo de reparação e inclusão.