Na trilha da gestão social da res publica
A experiência do armazém da agricultura familiar e da economia solidária no território do Sisal/Bahia
Palavras-chave:
Economia solidária; Agricultura familiar; Gestão pública; ArmazémResumo
O presente artigo contextualiza a experiência do Armazém da Agricultura Familiar e da Economia Solidária, as condicionantes e as características que favoreceram sua emergência no território do Sisal-Bahia, sinalizando a importância de convergência de esforços do movimento social e dos governos como via possível de inclusão socioprodutiva. Por meio do detalhamento do modelo de gestão adotado, bem como a participação de cada agente no arranjo de gestão social inovador no âmbito da Agricultura Familiar e da Economia Solidária, o texto enfatiza que essa perspectiva deve-se à disputa e ao acolhimento das pautas de segmentos populares, urbanos e rurais, no âmbito da gestão pública nas últimas décadas, sem perder de vista as especificidades sociais e político-econômicas locais. O desenho institucional em torno do Armazém imprime articulações em diversas esferas, sugerindo maior integração das instâncias com foco no desenvolvimento territorial. Ademais, a iniciativa aponta as complexidades e os desafios por quais passam empreendimentos no campo do acesso a mercados de modo profissionalizado sem perder sua vocação para o trabalho em rede e observando os princípios norteadores da Economia Solidária. Por fim, o texto indica o potencial de replicabilidade da ação pública e o protagonismo dos sujeitos envolvidos como expressões da implementação de políticas públicas de cunho participativo.
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