O DISCURSO DA MEDICINA E DA REZA NA (RE) CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v12i1.10556Palabras clave:
identidade, poder, política de representação, práticas populares de saúde.Resumen
Este trabalho buscou discutir a (re)construção da identidade dos agentes envolvidos com a rede de cuidados de uma cidade do sertão pernambucano. Partindo do pressuposto de que a identidade não é encontrada in natura e que a linguagem é fonte de (re)construção de formas identitárias (Rajagopalan, 2002), observou-se como as práticas discursivas delineiam os sujeitos envolvidos em rede de cuidados. A partir de entrevistas realizadas com médicos e rezadores, foi possível perceber como o discurso sobre si e sobre o outro constrói performativamente a identidade desses sujeitos. Como resultado, foi constatado um predomínio de discurso de negação do outro: de um lado, o médico traz uma desqualificação do discurso do rezador, do outro, o rezador aponta os limites do saber médico diante do mistério do sagrado.
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