A escola como espaço de fronteira simbólica e a situação dos sujeitos fronteiriços

Autores

  • Lidiane da Conceição Alves Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.26512/interethnica.v20i2.10595

Palavras-chave:

intelectuais indígenas; sujeitos fronteiriços, conflitos territoriais.

Resumo

Este artigo trata da relação do povo PanhÄ©, mais conhecido na literatura por Apinajé, com a instituição escolar a partir da situação de contato com a população não indígena no norte do estado do Tocantins. Se analisa o agenciamento dos professores PanhÄ© em suas estratégias de ressignificação e nas formas de atribuir um novo sentido à escola. Busca-se interpretar a escola como espaço de fronteira, e os professores indígenas, como intelectuais fronteiriços. A fronteira é pensada não no sentido dicionarizado, mas na sua dimensão simbólica, como espaço privilegiado de diálogo entre os mundos indígena e não indígena, em uma lógica do agenciamento na interculturalidade.

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Biografia do Autor

Lidiane da Conceição Alves, Universidade de Brasília

 

 

Referências

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Publicado

2018-07-24

Como Citar

ALVES, Lidiane da Conceição. A escola como espaço de fronteira simbólica e a situação dos sujeitos fronteiriços. Revista de Estudos em Relações Interétnicas | Interethnica, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 14–23, 2018. DOI: 10.26512/interethnica.v20i2.10595. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/interethnica/article/view/10595. Acesso em: 19 abr. 2024.