@article{Cristina Alencar de Góis_2021, title={A caixa acústica na novela Florim: expansão de gêneros e autoria}, url={https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/40681}, DOI={10.1590/2316-4018642}, abstractNote={<p>A novela <em>Florim </em>(2020), de Ruth Ducaso, dá continuidade ao projeto da escritora baiana Luciany Aparecida que, entre outras marcas, utiliza diferentes assinaturas poéticas a depender da dicção e do efeito que pretende produzir como fatura do texto. Nesta obra, condensada em menos de 70 páginas, o leitor conhece a personagem Dita, uma mulher que trabalha no tráfico de drogas, é vendedora de dendê na feira, tem “nove filho” e sonha ser nomeada poeta. <em>Florim</em> é conduzida por três vozes intercaladas; a voz da narradora Dita, o diário da protagonista e a poesia de Dita. Além das três marcações (narração/diário/poesia), há ainda um quarto elemento, também de destaque em todo o texto, a ser creditado à Ruth Ducaso, a voz do Prólogo. São intervenções entre parênteses, em um primeiro momento lembrando o teatro clássico, e que também evocam as “experiências corais” de que fala Flora Sussekind (2013). Neste artigo, analiso as manobras operadas pela escritora Luciany Aparecida, notadamente a assinatura poética e a expansão dos gêneros, com vistas a observar como alguns empreendimentos do contemporâneo propõem novas formas para o literário. Neles, o leitor em um gesto interessado e ativo não se baseia apenas na noção de reconhecimento, mas lança mão de um repertório performático, comum à poesia e ao teatro. <em>Florim</em>, portanto, apesar de catalogado como “novela”, transcende o formato anunciado, como um exemplar da pós-autonomia.</p>}, number={64}, journal={Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea}, author={Cristina Alencar de Góis, Edma}, year={2021}, month={nov.} }