O Japão na literatura brasileira atual
DOI:
https://doi.org/10.1590/S2316-40182014000100012Resumo
Há uma presença notável de temas japoneses na atual literatura brasileira, sem que os autores ”“ no caso Bernardo Carvalho, Adriana Lisboa e João Paulo Cuenca ”“ tenham ligação biográfica com o Japão; um fenômeno que apresenta leituras, interpretações e representações da cultura japonesa bem variadas, complexas e “integradoras” dessa temática no contexto literário brasileiro. Trata-se de leituras do Japão que ainda têm ligação com a dimensão histórica da imigração japonesa no Brasil e com questões da identidade brasileira, mas que tratam principalmente dos significados universais das culturas japonesa e brasileira no contexto do século XXI.
Downloads
Referências
AZEVEDO, Aluísio (1984). O Japão. São Paulo: Kempf.
BARNHILL, David Landis (2004). Introduction: The haiku poetry of Matsuo BashÅ. In: BASHÅŒ, Matsuo. BashÅ’s haiku: selected poems by Matsuo BashÅ. Tradução, anotação e introdução de David Landis Barnhill. New York: State University of New York Press.
______ (2005). Introduction: Basho’s Journey. In: BASHÅŒ, Matsuo. BashÅ’s journey: the literary prose of Matsuo BashÅ. Tradução, anotação e introdução de David Landis Barnhill. New York: State University of New York Press.
BARTHES, Roland (2007). L’empire des signes. Paris: Seuil.
BASHÅŒ, Matsuo (2001). Journaux de voyage. Tradução de René Sieffert. Paris: Publications Orientalistes de France.
______ (2005). Saga diary (Saga nikki). In: BashÅ’s journey: the literary prose of Matsuo BashÅ. Tradução, anotação e introdução de David Landis Barnhill. New York: State University of New York Press.
CANDIDO, Antonio (2000). Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Martins.
CARVALHO, Bernardo (2007). O sol se põe em São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras.
CHIARELLI, Stefania (2007). As coisas fora do lugar: modos de ver em Bernardo Carvalho. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 30, p. 71-78.
COSTA, João Pedro Corrêa (2007). De decasségui a emigrante. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão.
CUENCA, João Paulo (2010). O único final feliz para uma história de amor é um acidente. São Paulo: Companhia das Letras.
CUNHA, João Manuel dos Santos (2012). Enredados em Tóquio: voyeurismo e perversidade em O único final feliz para uma história de amor é um acidente. Nonada, Belo Horizonte, n. 15-19, p. 199-214.
CURY, Maria Zilda Ferreira (2007). Novas geografias narrativas. Letras de hoje , Porto Alegre, v. 42, n. 4, p. 7-17.
______ (2012). Cartografias literárias: Tsubame, de Aki Shimazaki, e Rakushisha, de Adriana Lisboa. Interfaces Brasil/Canadá, n. 12-14, p. 17-34.
DICK, Philip K. (2007). Do androids dream of electric sheep? In: DICK, Philip K. Four novels of the 1960s. New York: Library of America.
ELLIS, Brat Easton (1991). American psycho. New York: Vintage.
FRANCHETTI, Paulo (2008). O haicai no Brasil. Alea, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 256-269.
HANDA, Tomoo (1987). O imigrante japonês. São Paulo: T.A. Queiroz.
HARDACH-PINKE, Irene (1991). Die Entstehung des modernen Japan und seine Wahrnehmung durch den Westen. In: Hardach-Pinke, Irene (ed.). Japan: eine andere Moderne. Tübingen: C. Gehrke.
HONDA-HASEGAWA, Laura (1991). Sonhos bloqueados. São Paulo: Estação Liberade.
LEHNEN, Leila (2012): Pôr do sol global: itinerários urbanos e identidade globalizados em O sol se põe em São Paulo, de Bernardo Carvalho. In: DALCASTAGNÈ, Regina; MATA, Anderson Luís Nunes da (orgs.). Fora do retrato: estudos de literatura brasileira contemporânea. Vinhedo: Horizonte.
LIMA, Manuel de Oliveira (1903). No Japão: impressões da terra e da gente. Rio de Janeiro: Laemmert.
LISBOA, Adriana (2007). Rakushisha. Rio de Janeiro: Rocco.
MATAYOSHI, Maximiliano (2003). Gaijin. Buenos Aires: Alfaguara.
MORAIS, Fernando (2000). Corações sujos. São Paulo: Companhia das Letras.
NAKASATO, Oscar (2011). Nihonjin. São Paulo: Benvirá.
OKADA, John (1981). No-no boy. Seattle: University of Washington Press.
OLIVIERI-GODET, Rita (2007). Estranhos estrangeiros: poética da alteridade na narrativa contemporânea brasileira. Estudos de literatura brasileira contemporânea, Brasília, n. 29, p. 233-252.
OTSUKA, Julie (2002): When the emperor was divine. New York: Knopf.
______ (2011). The Buddha in the attic. New York: Knopf.
RESENDE, Beatriz (2007). Entrevista com Bernardo Carvalho. Revista Z Cultural, Rio de Janeiro, v. VII, n. 2. Disponível em: <http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/entrevista-com-bernardo-carvalho>. Acesso em: 10 mar. 2014.
RUPERTI, Bonaventura (2009). Tanizaki and the way of art (GeidÅ): traditional arts and performance skills. In: BIENATI, Luisa; RUPERTI, Bonaventura (eds.). The grand old man and the great tradition: essays on Tanizaki Jun’ichirÅ in honor of Adriana Boscaro. Ann Arbor: University of Michigan.
SCHUBERT, Volker (1991). Moderne ohne Individualität? In: HARDACH-PINKE, Irene (ed.). Japan: eine andere Moderne. Tübingen: C. Gehrke.
SCHULZE, Peter W. (2013). Bild- und Klangkonfigurationen: Intermediale Räume bei João Paulo Cuenca und Carola Saavedra. In: KLENGEL, Susanne et al. (eds.). Novas vozes: Zur brasilianischen Literatur im 21. Jahrhundert. Frankfurt: Vervuert; Madrid: Iberoamericana.
SEI SHÅŒNAGON (2006). The pillow book. Tradução e anotação de Meredith McKinney. London: Penguin.
STEVENS, Cristina Maria Teixeira (2004). A interface gênero/etnia na ficção de nisseis brasileiras e estadunidenses. Labrys: estudos feministas, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 2-20.
SUZUKI, Sadami (1996). Tanizaki Jun’ichiro as cultural ciritic. Japan Review, Quioto, n. 7, p. 23-32.
TANIZAKI, Jun’ichiro (1999). Elogio da sombra. Tradução de Margarida Gil Moreira. Lisboa: Relógio d’Água.
______ (2000). A chave. Tradução de Jefferson José Teixeira. São Paulo: Companhia das Letras.
______ (2002). Diário de um velho louco. Tradução de Leiko Gotoda. São Paulo: Estação Liberdade.
______ (2005). As irmãs Makioka. Tradução de Leiko Gotoda, Kanami Hirai, Neide Hissae Nagae e Eliza Atsuko Tashiro. São Paulo: Estação Liberdade.
______ (2007). Em louvor da sombra. Tradução de Leiko Gotoda. São Paulo: Companhia das Letras.
TSUDA, Takeyuki (Gaku) (2003). Homeland-less abroad: transnational liminality, social alienation, and personal malaise. In: LESSER, Jeffrey (ed.). Searching for home abroad. Japanese Brazilians and transnationalism. Durham: Duke University Press.
VEJMELKA, Marcel (2013a). O Brasil no espelho de Amaterasu. O Japão de Aluísio Azevedo. Brasiliana, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 401-433.
______ (2013b). Die Erfahrung des Eigenen durch die Fremde: Bernardo Carvalho erkundet Asien. In: KLENGEL, Susanne et al. (eds.). Novas vozes: Zur brasilianischen Literatur im 21. Jahrhundert. Frankfurt: Vervuert; Madrid: Iberoamericana.
WALDMANN, Berta (2010). Terra à vista: anotações sobre a presença de japoneses na literatura brasileira. In. CARNEIRO, Maria Luiza Tucci; TAKEUCHI, Marcia Yumi (orgs.). Imigrantes japoneses no Brasil: trajetória, imaginário e memória. São Paulo: EDUSP.
YAMASHITA, Karen Tei (1992). Brazil-Maru. Minneapolis: Coffee House Press.
______ (2001). Circle K cycles. Minneapolis: Coffee House Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons de Atribuição-Não Comercial 4.0, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.