Refiguração do tempo histórico pela ficção

Autores

  • José Antonio Segatto Universidade Estadual Paulista - Unesp
  • Maria Célia Leonel Universidade Estadual Paulista - Unesp

DOI:

https://doi.org/10.1590/S2316-40182012000100005

Resumo

M. Bakhtin afirma que a representação de acontecimentos, relações e processos no romance deve abranger a totalidade de uma época - nela deve haver uma peculiar concatenação, literariamente expressa, espácio-temporal. Essa formulação contém elementos basilares para o entendimento e análise do romance, objeto deste estudo, Leite derramado de 2009 de Chico Buarque. A narrativa figura, pelo menos, duas grandes épocas históricas do Brasil: uma que vai do início do século XIX até 1930 e outra que vai desse momento ao início do XXI. É a representação da saga histórica da decadência de uma categoria social (fração da classe dominante), personificada na família Assumpção, com seus valores éticos e culturais, suas concepções de mundo e seu comportamento, estilizando sua dissolução social e moral. Ao fazer isso o romance coloca inúmeros problemas - desde humano-existenciais até histórico-políticos - para a reflexão do leitor.

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Biografia do Autor

José Antonio Segatto, Universidade Estadual Paulista - Unesp

Professor titular do Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Araraquara, Brasil.

Maria Célia Leonel, Universidade Estadual Paulista - Unesp

Professora titular do Departamento de Literatura da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Araraquara, Brasil.

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Publicado

06/05/2012

Como Citar

Segatto, J. A., & Leonel, M. C. (2012). Refiguração do tempo histórico pela ficção. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (39), 77–93. https://doi.org/10.1590/S2316-40182012000100005