Transgredir o gênero:
políticas da escritura na literatura hispano-americana atual
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-4018381Resumo
Esse artigo propõe uma reflexão sobre políticas de escritura da literatura hispanoamericana atual que trabalham nas margens das formas estéticas institucionalizadas, socavando as convenções do gênero literário. Para tanto, analisamos os romances de Mario Bellatin, que se deslocam com irreverência entre a autobiografia e a ficção, e os livros raros que organiza Diamela Eltit, nos quais modela a matéria do testemunho em sintonia com seu universo ficcional. A partir da noção foucaultiana de transgressão, abordamos essas formas estéticas como políticas de escritura que resistem ao encerramento da palavra literária na transparência natural dos limites de gênero.
Downloads
Referências
ARFUCH, Leonor (2002). El espacio biográfi co: dilemas de la subjetividad contemporánea. Buenos Aires: FCE.
BARTHES, Roland (2006). El grado cero de la escritura: Buenos Aires - siglo XXI.
BELLATIN, Mario (2005a). Lecciones para una liebre muerta. Barcelona: Anagrama.
______ (2005b). “Underwood portátil modelo 1915”. In: Obra reunida. México: Alfaguara.
______ (2007). El gran vidrio: tres autobiografías. Barcelona: Anagrama.
BOLAÑO, Roberto (2008). “Derivas de la pesada”. In: Entre paréntesis: ensayos, artículos y discursos (1998-2003). Barcelona: Anagrama. p. 23-39.
CATELLI, Nora (2007). En la era de la intimidad. Rosario: Beatriz Viterbo.
CHEJFEC, Sergio (2005). “Breves opiniones sobre relatos con imágenes”. In: El punto vacilant: literatura, ideas y mundo privado. Buenos Aires: Norma Editorial.
DERRIDA, Jacques (1980). “La loi du genre”. Critical inquiry. n. 7, p. 176-201.
ELTIT, Diamela (1983). Lumprécia. Santiago: Ed. del Ornitorrinco.
______ (1989). El padre mío. Santiago: Francisco Zegers.
______ (2004). Mano de obra: tres novelas. México: FCE.
______ (2005). Puño y letra: juicio oral. Santiago: Seix Barral.
______ (2008). “Enunciar, anunciar, denunciar: el arte como archivo”. In: Signos vitales: escritos sobre literatura, arte y política. Santiago: Ediciones Universidad Diego Portales, p.222-5.
FOUCAULT, Michel (1964). “Préface à la transgression”. In: Dits et écrits. Paris: Gallimard. v. 3, p. 233-61.
GIORDANO, Alberto (Org.) (2010). “Presentación”. Los límites de la literatura. Rosario: Centro de Estudios de Literatura Argentina. p. 5-16.
SARLO, Beatriz (2005). Tiempo pasado: cultura de la memoria y giro subjetivo. Una discusión. Buenos Aires: Siglo XXI.
STAROBINSKI, Jean (2008). “El progreso del intérprete”. In: La relación crítica. Buenos Aires: Nueva Visión. p. 77-84.
VOLPI, Jorge (2008). “De parásitos, mutaciones y plagas”. In: Mentiras contagiosas. Madrid: Páginas de Espuma. p. 23-37.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons de Atribuição-Não Comercial 4.0, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.