Inferno, de Patrícia Melo:

gênero e representação

Autores

  • Lúcia Zolin

Resumo

Tomando como suporte teórico os pressupostos do feminismo crítico, o presente artigo se propõe a analisar o modo de representação das relações de gênero no romance Inferno (2000), da escritora brasileira Patrícia Melo. Numa espécie de diálogo com as formulações de teóricas do feminismo contemporâneo, como Judith Butler e Elizabeth Badinter, a escritora põe em cena personagens femininas que se declaram e agem como mulheres-sujeito, tomando por superadas a objetificação e a outremização advindas da milenar opressão da mulher instaurada com o patriarcalismo. Nesse sentido, trata-se de um texto que assinala uma nova fase na tradição literária brasileira de autoria feminina no Brasil, já que a produção literária de mulheres que se desenvolveu entre nós no século XX é profundamente marcada por enredos que giram em torno relações de gênero, de tal modo que a mulher é sempre retratada como oprimida e vitimizada.

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Referências

BADINTER, E. Rumo equivocado: o feminismo e alguns destinos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

DUARTE, Constância Lima. “Literatura e feminismo no Brasil: primeiros apontamentos”, em MOREIRA, Nadilza Martins de Barros (org.). Mulheres no mundo: etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Idéia, 2004.

MELO, Patrícia. Inferno. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

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Publicado

01/12/2011

Como Citar

Zolin, L. (2011). Inferno, de Patrícia Melo:: gênero e representação. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (28), 71–86. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9104

Edição

Seção

Seção Tema Livre