Cordel literature and the allegory of origin: erasure and transfiguration

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-40187410

Keywords:

cordel literature, critical discourse, origin

Abstract

In this article, we analyze studies on Brazilian cordel literature published between 1990 and 2020 to understand what has been said about its origin. Based on regularities, we seek to explain how these discourses affect the constitution of the object they take as a reference. In addition to the chronological criterion, we considered the space of publication and authorship when selecting the works, favoring collective and individual texts by researchers with recognized experience in cordel study, published in indexed electronic journals, online dissertations and theses repositories/catalogs, and books. We can say that there is no consensus among scholars regarding the origins of Brazilian cordel literature. In general, at least three tendencies can be identified in the critical discourse analyzed: a) the historicist connection of Brazilian Northeastern pamphlets to European traditions, especially the Iberian novel, generally marked by the ideas of matrix, source, influence, and dependence; b) the denial of links between the Brazilian Northeastern pamphlets and similar productions in Portugal and other countries, as well as the claim of an autonomous identity for local printed material; and c) the abandonment of the notion of origin to the detriment of others, such as cultural circularity, interbreeding, and hybridity. 

Downloads

Download data is not yet available.

References

ABREU, Márcia (org.) (2016). Romances em movimento: a circulação transatlântica dos impressos (1789-1914). Campinas: Editora da Unicamp.

ABREU, Márcia ([1999] 2011). Histórias de cordéis e folhetos. Campinas: Mercado de Letras. (Coleção Histórias de Leitura.)

ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de (2013a). A feira dos mitos: a fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste 1920-1950). São Paulo: Intermeios.

ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de (2013b). “O morto vestido para um ato inaugural”: procedimentos e práticas dos estudos de folclore e de cultura popular. São Paulo: Intermeios.

AMARAL, Amadeu ([1948] 1976). Tradições populares. 2ª ed. São Paulo: Hucitec.

AMORIM, Maria Alice (2019). Pelejas em rede: vamos ver quem pode mais. Recife: Zanzar Edições.

ASSMANN, Aleida ([1992] 2011). Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Tradução: Paulo Soethe (coord.). Campinas: Editora da Unicamp.

AYALA, Marcos; AYALA, Maria Ignez Novais (2006). Cultura popular no Brasil. 3ª ed. São Paulo: Ática.

BAKHTIN, Mikhail ([1965] 2020). A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução: Yara Frateschi Vieira. 7ª ed. São Paulo: Hucitec.

BARROS, José d’Assunção (2013). Retrodição – Um problema para a construção do tempo histórico. Ler História, Lisboa, v. 65, p. 129-155. https://doi.org/10.4000/lerhistoria.498

BARROSO, Gustavo (1915). Praias e várzeas: alma sertaneja. Rio de Janeiro: Francisco Alves.

BOSI, Alfredo ([1970] 2017). História concisa da literatura brasileira. 51ª ed. São Paulo: Cultrix.

BURKE, Peter ([2003] 2010). Hibridismo cultural. Tradução: Leila Souza Mendes. São Leopoldo: Editora Unisinos. (Coleção Aldus, 18.)

CANDIDO, Antonio ([1957] 2014). Formação da literatura brasileira: momentos decisivos (1750-1880). 15ª ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul.

CERTEAU, Michel de; JULIA, Dominique; REVEL, Jacques ([1974] 2017). A beleza do morto. In: CERTEAU, Michel de (org.). A cultura no plural. Tradução: Enid Abreu Dobránszky. 7ª ed. Campinas: Papirus. p. 55-85.

CHARTIER, Roger (org.) ([1985] 2011). Práticas da leitura. Tradução: Cristiane Nascimento. 5ª ed. São Paulo: Estação Liberdade.

DARNTON, Robert ([1984] 2014). O grande massacre dos gatos: e outros episódios da história cultural francesa. Tradução: Sônia Coutinho. 6ª ed. São Paulo: Paz & Terra.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix ([1980] 2011). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Tradução: Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Célia Pinto Costa. 2ª ed. São Paulo: 34. v. 1.

DERRIDA, Jacques ([1967] 2011). Gramatologia. Tradução: Miriam Schnaiderman e Renato Janine Ribeiro. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva.

FOUCAULT, Michel ([1979] 2021). Microfísica do poder. Tradução: Roberto Machado. 11ª ed. São Paulo: Paz & Terra.

FREYRE, Gilberto ([1933] 2019). Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 51ª ed. São Paulo: Global.

FURTADO, Celso ([1959] 2007). Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.

GAGNEBIN, Jeanne Marie ([1994] 1999). História e narração em Walter Benjamin. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva. (Coleção Estudos.)

GALVÃO, Ana Maria de Oliveira (2000). Ler/ouvir folhetos de cordel em Pernambuco (1930-1950). Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

GALVÃO, Ana Maria de Oliveira (2005). A cultura popular como objeto de estudo: da “beleza do morto” à compreensão de sujeitos e práticas culturais. In: XAVIER, Libânia Nacif et al. (Org.). Escola, culturas e saberes. Rio de Janeiro: FGV. p. 106-138.

GALVÃO, Ana Maria de Oliveira (2022). Cordel. Transatlantic cultures. https://doi.org/10.35008/tracs-0083

GINZBURG, Carlo ([1976] 2003). O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. Tradução: Maria Betânia Amoroso. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras.

HATA, Luli (1999). O cordel das feiras às galerias. Dissertação (Mestrado em Teoria Literária) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

HAURÉLIO, Marco (2010). Breve história da literatura de cordel. São Paulo: Claridade. (Coleção Saber de Tudo.)

IUMATTI, Paulo Teixeira (2012). História e folhetos de cordel no Brasil: caminhos para a continuidade de um diálogo interdisciplinar. Escritural - Écritures d’Amérique Latine, Poitiers, n. 6, p. 1-18.

JINZENJI, Mônica Yumi; MELO, Juliana Ferreira de (org.) (2017). Culturas orais, culturas do escrito: intersecções. Campinas: Mercado de Letras. (Coleção Histórias de Leitura.)

LANDER, Edgardo (org.) (2005). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Cidade Autônoma de Buenos Aires, Argentina: Clacso. (Colección Sur-Sur.)

LEMAIRE, Ria (2010). Pensar o suporte: resgatar o patrimônio. In: MENDES, Simone (org.). Cordel nas Gerais: oralidade, mídia e produção de sentido. Fortaleza: Expressão Gráfica. p. 67-93.

LUCIANO, Aderaldo (2012). Apontamentos para uma história crítica do cordel brasileiro. Rio de Janeiro: Adaga; São Paulo: Luzeiro.

MARQUES, Francisco Cláudio Alves; SILVA, Esequiel Gomes da (2020). A literatura de cordel brasileira: poesia, história e resistência. In: Literatura de cordel contemporânea: voz, memória e formação de leitor. Campinas: Mercado de Letras. p. 21-48.

MELO, Rosilene Alves de (2010). Artes de cordel: linguagem, poética e estética no contemporâneo. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 35, p. 93-102. https://doi.org/10.1590/2316-4018357

NIETZSCHE, Friedrich ([1874] 2005). Considerações intempestivas sobre a utilidade e os inconvenientes da história para a vida. In: NIETZSCHE, Friedrich. Escritos sobre história. Tradução, apresentação e notas: Noéli Correia de Melo Sobrinho. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola. p. 67-178.

PEREIRA, Edimilson de Almeida (2017). qvasi: segundo caderno. São Paulo: 34.

PRADO JR., Caio ([1942] 2011). Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras.

QUINTELA, Vilma Mota (2005). O cordel no fogo cruzado da cultura. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.

SANTIAGO, Silviano (1982). Apesar de dependente, universal. In: SANTIAGO, Silviano. Vale quanto pesa. Rio de Janeiro: Paz & Terra. p. 13-24.

SANTOS, Éverton Diego S. R. (2011). A reinvenção da tradição: a literatura de cordel no século XXI. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 26., 2011, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Anpuh-SP. p. 1-15.

SILVA, Gonçalo Ferreira da (2011). Vertentes e evolução da literatura de cordel. 5ª ed. Rio de Janeiro: Rovelle.

SODRÉ, Nelson Werneck ([1963] 1979). Formação histórica do Brasil. 10ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

SOUZA, Eneida Maria de (2002). Crítica cult. Belo Horizonte: Editora da UFMG. (Coleção Humanitas.)

VEYNE, Paul ([1976] 1983). O inventário das diferenças: história e sociologia. São Paulo: Brasiliense. (Coleção Primeiros Voos, v. 16.)

Published

2025-02-03

How to Cite

Melo, A. M. R. de, Duarte, C. L., & Galvão, A. M. de O. (2025). Cordel literature and the allegory of origin: erasure and transfiguration. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (74). https://doi.org/10.1590/2316-40187410