A medida do impossível: a ciência poética dos seres comuns

Autores

Palavras-chave:

zoopoética; hibridismo; arte; ciência

Resumo

Neste artigo, reflete-se sobre a produção da escritora brasileira Maria Esther Maciel, com especial atenção às suas incursões pela zoopoética, as quais se associam também à sua carreira como professora e pesquisadora. O fio condutor do artigo é o livro Pequena enciclopédia de seres comuns, escrito por Maciel (2021) e ilustrado por Julia Panadés. Nele uma série de verbetes mescla animais, plantas e outros seres vivos, ficcionais ou não. Sua estrutura reforça os deslizamentos entre as diversas espécies que compõem o livro, assim como entre a arte e a ciência, levando os leitores a pensar acerca dos próprios processos de classificação que ordenam nossa produção de conhecimento e das relações entre humanos e não humanos.

Downloads

Referências

BORGES, Jorge Luis (2007). O idioma analítico de John Wilkins. In: BORGES, Jorge Luis. Outras inquisições São Paulo: Companhia das Letras. p. 121-126.

BORGES, Jorge Luis; GUERRERO, Margarita (2001). Manual de zoología fantástica México: Fondo de Cultura Económica.

BORGES, Jorge Luis; GUERRERO, Margarita (2007). O livro dos seres imaginários Tradução de Heloísa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras.

CORREIA, Fernando (2012). A ilustração científica: “santuário” onde a arte e a ciência comungam. Visualidades, Goiânia, v. 9, n. 2, p. 221-239. Disponível em: https://revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/19864 Acesso em: 23 out. 2022.

» https://revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/19864

FOUCAULT, Michel (2002). As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes.

MACIEL, Maria Esther (1985). Dos haveres do corpo Belo Horizonte: Terra.

MACIEL, Maria Esther (1995). As vertigens da lucidez: poesia e crítica em Octavio Paz. São Paulo: Experimento.

MACIEL, Maria Esther (2004). O livro de Zenóbia Rio de Janeiro: Lamparina.

MACIEL, Maria Esther (1998). O livro dos nomes São Paulo: Companhia das Letras.

MACIEL, Maria Esther (2004). A memória das coisas: ensaios de literatura, cinema e artes plásticas. Rio de Janeiro: Lamparina.

MACIEL, Maria Esther (2008). O animal escrito: um olhar sobre a zooliteratura contemporânea. Bauru: Lumme.

MACIEL, Maria Esther (2009). As ironias da ordem: coleções, inventários e enciclopédias ficcionais. Belo Horizonte: Editora UFMG.

MACIEL, Maria Esther (2016). Literatura e animalidade Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

MACIEL, Maria Esther (2020). M de memória Belo Horizonte: Tlön.

MACIEL, Maria Esther (2021). Pequena enciclopédia de seres comuns São Paulo: Todavia.

MACIEL, Maria Esther (2023). Animalidades: zooliteratura e os limites do humano. São Paulo: Instante.

MACIEL, Maria Esther (2024). Essa coisa viva São Paulo: Todavia.

PEREC, Georges (2001). Pensar/clasificar Barcelona: Gedisa.

POMBO, Olga (2006). O projecto enciclopedista. In: POMBO, Olga; GUERREIRO, António; ALEXANDRE, António Franco (org.). Enciclopédia e hipertexto Lisboa: Duarte Reis. p. 180-193.

Downloads

Publicado

01/15/2025

Como Citar

Moreira, M. E. R. (2025). A medida do impossível: a ciência poética dos seres comuns. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (74). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/57340