A pós-produção na obra de Veronica Stigger (2007): notas sobre Gran Cabaret Demenzial
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40187404Palavras-chave:
pós-produção; literatura contemporânea; Veronica Stigger.Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir as práticas de pós-produção e teoria estética de Nicolas Bourriaud (2009), a partir da obra Gran Cabaret Demenzial, da escritora brasileira Veronica Stigger (2007), uma vez que sua literatura é caracterizada pelo questionamento do uso das formas, bem como por manifestações híbridas e expansivas. Tendo em vista que a pós-produção não trabalha com matéria-prima, e sim com materiais preexistentes disponíveis deslocados do seu sentido original, o estudo será focado nas práticas de apropriação empreendidas por Stigger (2007). A fim de ampliar a discussão, utiliza-se, também, a noção de gênio não original de Marjorie Perloff (2013) e de autoria em andamento, discutida na obra Indicionário do contemporâneo (Pedrosa et al., 2018), assim como o conceito de realismo traumático de Hal Foster (2005) e Karl Erik Schollhammer (2012).
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