Nossas fogueiras contemporâneas: padrões normativos de gênero em Elas marchavam sob o Sol de Cristina Judar
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40187101Palavras-chave:
literatura; gênero; mulheresResumo
Padrões estéticos, tabus sobre o corpo feminino, desigualdade entre homens e mulheres, sexualidade, opressões, violência e intolerância são questões presentes nas discussões recentes sobre gênero. A obra Elas marchavam sob o Sol, de Cristina Judar, de forma contestadora e muito original, traz à tona todos esses elementos. Com uma narrativa intimista e fluida, a autora por meio de duas jovens personagens — Ana e Joan — questiona padrões normativos de gênero estabelecidos em nossa cultura e interroga a sua validade e utilidade. O objetivo deste artigo é analisar alguns desses questionamentos levantados ao longo da narrativa, relacionando-os com nosso contexto social. Para que isso fosse possível, foi utilizado o conceito de gênero de Joan Scott (1995) como norteador das reflexões e uma bibliografia que auxiliou no processo de análise, a qual contou com autores como Beauvoir (1970), Pesavento (2003), Saer (2009), Emidio e Gigek (2019).
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