Inespecificidade e política na literatura brasileira recente
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-4018643Palavras-chave:
Roy Frankel, inespecificidade, políticaResumo
“A gente escreve o que ouve e nunca o que houve”, essa frase de Oswald de Andrade, recuperada na epígrafe do livro Delírios de damasco de Veronica Stigger, nos provoca a um redimensionamento do que entendemos das escritas literárias. Do mesmo modo, convoca uma prática de escrita não coincidente consigo mesma. A essa não coincidência, chama-se, aqui nesse texto, inespecificidade, noção da autora Florencia Garramuño, que nos serve de aproximação à leitura do poema “Sessão” de 2017, de Roy David Frankel. Esse encontro, que centraliza o debate do texto, traz uma série de provocações às práticas literárias recentes e ao atual cenário político brasileiro figurado desde o golpe de Estado em 2016. O esforço é de tomar as práticas literárias atuais como espaço possível de construção política, sob a forma da impropriedade e da impertinência.
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Referências
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