A cultura do outro em Histórias de leves enganos e parecenças, de Conceição Evaristo

Autores

  • Nivana Ferreira da Silva Universidade Federal da Bahia (UFBA)

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-40185319

Resumo

Com base nos estudos culturais, especificamente nos debates relacionados às formas como a cultura considerada hegemônica se configurou como tal, este artigo propõe uma discussão em torno da constituição do cânone literário, considerando o que este deixa à margem, sobretudo em relação às questões raciais e de gênero. Nesse sentido, consideramos exemplar a literatura de autoria negra e feminina para esta reflexão e debruçamo-nos sobre o trabalho da escritora Conceição Evaristo, a partir do seu livro Histórias de leves enganos e parecenças (2016), objeto cultural emblemático para a problematização apresentada. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BENTO, Maria Aparecida Silva (2014). Branqueamento e branquitude no Brasil. In: CARONE, Iray; BENTO, Maria Aparecida Silva (Org.). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. 6. ed. Petrópolis: Vozes. p. 25-57.

DALCASTAGNÈ, Regina (2008). Entre silêncios e estereótipos: relações raciais na literatura brasileira contemporânea. Estudos de literatura brasileira contemporânea, v. 31, p. 87-110. Disponível em: <https://goo.gl/mc6Bxp>. Acesso em: 20 out. 2016.

ESCOSTEGUY, Ana Carolina (2010). Cartografias dos estudos culturais: uma versão latino-americana. Belo Horizonte: Autêntica. p. 17-64. Disponível em: <https://goo.gl/xiD13M>. Acesso em: 22 jul. 2016.

EVARISTO, Conceição (2007). Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: ALEXANDRE, Marcos Antônio (Org.). Representações performáticas brasileiras: teórias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza. p 16-21. Reproduzido no blog pessoal da autora. Disponível em: <https://goo.gl/pYWg1V>. Acesso em: 19 out. 2016.

EVARISTO, Conceição (2016). Histórias de leves enganos e parecenças. Rio de Janeiro: Malê, 2016.

GILROY, Paul (2001). O Atlântico negro como contracultura da modernidade. In: GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: 34. p. 33-100.

GONZALEZ, Lélia (1988). A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92/93, p. 69-81.

HALL, Stuart (1997). A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 15-46. Disponível em: <https://goo.gl/nLKGXr>. Acesso em: 20 out. 2016.

HOOKS, Bell (2014). Racismo e feminismo: a questão da responsabilidade. In: HOOKS, Bell. Ain't I a woman: black women and feminism. London: Pluto Press. p. 87-113. Tradução livre para a Plataforma Gueto. Disponível em: <https://goo.gl/8GPqg1>. Acesso em: 20 out. 2016.

JESUS, Carolina Maria de (1963). Quarto de despejo. 7. ed. São Paulo: Francisco Alves.

MIGNOLO, Walter (2003). Uma outra língua, um outro pensamento, uma outra lógica. In: MIGNOLO, Walter. Histórias locais/projetos globais: Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Tradução de Solange Oliveira. Belo Horizonte: Editora da UFMG. p. 421-454.

RAMOS, Alberto Guerreiro (1995). Patologia social do “branco” brasileiro. In: RAMOS, Alberto Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ. p. 215-237.

SANTOS, Boaventura de Sousa (2008). A ecologia de saberes. In: SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 2. ed. São Paulo: Cortez. p. 137-165.

SILVA, Assunção (2016). Prefácio: a fortuna de Conceição. In: EVARISTO, Conceição. Histórias de leves enganos e parecenças. Rio de Janeiro: Malê.

SODRÉ, Muniz (2000). A identidade como valor. In: SODRÉ, Muniz. Claros e escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. 2. ed. Petrópolis: Vozes. p. 233-257.

Downloads

Publicado

12/27/2017

Como Citar

Silva, N. F. da. (2017). A cultura do outro em Histórias de leves enganos e parecenças, de Conceição Evaristo. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (53), 411–427. https://doi.org/10.1590/2316-40185319