Pater, pátria e a memória como patrimônio: sobre K.:
relato de uma busca, de Bernardo Kucinski
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-4018503Resumo
Existe uma memória de gênero? Existe uma memória masculina e/ou feminina? E o que acontece quando as memórias de um pai resgatam (ou tentam resgatar) a fragmentariedade das experiências da filha articuladas num tempo pessoal e subjetivo mas pontuadas pelos tempos traumáticos da História, ainda por mais da História da Pátria, da história-pátria? K.: relato de uma busca, de Bernando Kucinski, representa um dispositivo não só literário para tentar ensaiar algumas destas questões, como as da memória ou da pós-memória do supérstite, que são centrais no debate contemporâneo brasileiro.
Downloads
Referências
AGUIAR, Flávio (2011). O livro do Bernardo. Carta Maior, São Paulo, 28 out. On-line.
CATROGA, Fernando (2008). Pátria, Nação e Nacionalismo. In: TORGAL, Luís Reis; PIMENTA, Fernando Tavares; SOUSA, Julião Soares (Coord.). Comunidades imaginadas. Nação e nacionalismo em África. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, p. 9-39.
ERTEL, Rachel (2001). Le yddish. La langue de la crypte. Les Temps Modernes, n. 615, p. 75-89.
ESPOSITO, Roberto (2006). Communitas. Origine e destino della Comunità . Torino: Einaudi.
HIRSCH, Marianne (2006). Immagini che sopravvivono: le fotografie dell’Olocausto e la post-memoria. In: CATTARUZZA, Marina et al. (Org.). Storia della Shoah. La crisi dell'Europa, lo sterminio degli ebrei e la memoria del XX secolo. Torino: UTET, v. 4, p. 385-431.
KUCINSKI, Bernardo (2011). K.: relato de uma busca. São Paulo: Estrela Polar.
MANACORDA, Júlia (2015). A negatividade a dar conta do real. Revista Contemporânea, Niterói, ano 5, v. 1, n. 7, p. 1-16.
OLIVEIRA, Tiago de (2013). Narrar o luto, resistir ao esquecimento. Revista Espaço Acadêmico, Maringá, v. 13, n. 151, p. 94-95.
RIBEIRO, Margarida Calafate; ROSSA, Walter (Org.) (2015). Patrimónios de influência portuguesa: modos de olhar. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra; Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense.
TRAVERSO, Enzo (2006). Comparare la Shoah: questioni aperte. In: CATTARUZZA, Marina et al. (Org.). Storia della Shoah. La crisi dell'Europa, lo sterminio degli ebrei e la memoria del XX secolo. Torino: UTET, v. 4, p. 167-199.
VECCHI, Roberto (2014). O passado subtraído da desaparição forçada: Araguaia como palimpsesto. Estudos de literatura brasileira contemporânea, Brasília, n. 43, p. 133-149.
WHITE, Hayden (2006). Forme di storia. Dalla realtà alla narrazione. Organização de E. Tortarolo. Roma: Carocci.
WEINRICH, Harald (2010). Lete: arte e critica dell’oblio. Tradução de F. Rigotti. Bologna: Il mulino. Ttítulo original: Lethe: Kunst und Kritik des Vergessens.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons de Atribuição-Não Comercial 4.0, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.