Bastardos e órfãos contemporâneos:

a arqueologia da infância nos romances de filiação

Autores

  • Alessandra Dalva de Souza Pajolla Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-4018466

Resumo

A reconstituição das origens configura uma dinâmica narrativa presente em diversas obras no campo literário atual: o retorno ao passado despido de nostalgia, marcado pela tentativa de explicar por meio das origens (reais e imaginárias) as lacunas identitárias. Os romances de filiação integram essa tendência e interrogam a ascendência como um mecanismo para resolver enigmas do presente. As obras Azul-corvo (2010), de Adriana Lisboa, Era meu esse rosto (2012), de Marcia Tiburi, e Chove sobre minha infância (2012), de Miguel Sanches Neto, expõem o percurso de narradores que voltam ao tempo da infância em busca de autoconhecimento e, sobretudo, pertencimento.

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Referências

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Publicado

06/25/2015

Como Citar

Pajolla, A. D. de S. (2015). Bastardos e órfãos contemporâneos:: a arqueologia da infância nos romances de filiação. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (46), 105–116. https://doi.org/10.1590/2316-4018466