Um estudo da relação islã-terrorismo pela Análise do Discurso Ecossistêmica
Palavras-chave:
Islã; Terrorismo; Sofrimento; ADE.Resumo
Depois dos atentados aos três prédios do complexo do World Trade Center, em New York, Estados Unidos da América, em 11 de setembro de 2001, notou-se alguma intensificação de atos terroristas atribuídos e/ou reivindicados por grupos muçulmanos autodenominados jihadistas. Nesse sentido, além de averiguar a relação Islamismo-terrorismo, o presente estudo analisou as consequências de atos terroristas nas vítimas. Para tanto, o Alcorão ”“ livro sagrado do Islã ”“ foi de fundamental importância por constituir a principal fonte de informação religiosa, além das informações sobre os recentes atos terroristas cometidos na África e Europa. Como fundamentação teórica valeu-se das ideias de Haugen (1972), Couto (2007, 2015 e 2020) e Couto e Couto (2015). Por meio da análise de alguns casos de atos terroristas, foi possível perceber que as vítimas estão sujeitas aos sofrimentos físico, mental e social apontados pela Análise do Discurso Ecossistêmica. Com base na análise da palavra “jihad”, nos vieses pacífico (luta no caminho de Deus para fazer o bem) e bélico (luta armada como autodefesa), as violências perpetradas pelos grupos jihadistas não passam de má interpretação ou interpretação para fins próprios (políticos e econômicos). Como religião de paz, o Islamismo proíbe qualquer tipo de sofrimento à alma criada por Allah. Logo, diante de situações de terror causadas por supostos jihadistas que se dizem lutar em prol do Islã, não somente é necessário esclarecer alguns pontos para dissipar as dúvidas e calúnias que se espalham sobre aquela religião, mas também é dever dos muçulmanos se unirem em torno da verdade para defendê-la dos mais diversos tipos de acusações e lutar contra as injustiças por meio do poder da linguagem, sem qualquer tipo de violência.
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Referências
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