Desconcerto número 1: Paradoxos da Conferência- Performance
DOI:
https://doi.org/10.26512/dramaturgias.v0i4.24919Palavras-chave:
PerformanceResumo
Tomando como ponto de partida o espetáculo Dislocations, da companhia Nomade, apresentado em março de 2016 na sede do Théâtre du Soleil, em Paris, este artigo é a transcrição de uma comunicação apresentada no dia 26 de no- vembro de 2016, no II Simpósio Brasileiro de Escrita Dramática, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina. Seu objetivo é estabelecer um debate sobre o potencial epistemológico do discurso fictício e o efeito performativo do discurso crítico. Tomamos como eixo de nossa discussão a conferência-performance, dispositivo híbrido inaugurado pelas ações de Robert Morris, John Cage e Joseph Beuys nas décadas de 1950 e 1960, e que hoje é uma modalidade importante da criação e da reflexão artística contemporá‚- nea. Com características particulares, os trabalhos de Éric Duyckaerts, Joana Craveiro, Hans-Jürgen Frei, Walid Raad, JéroÌ‚me Bel e Pierre Cleitman parti- cipam desse gênero híbrido que problematiza as fronteiras entre crítica e invenção, cujas ações salientam ou desvelam os aspectos performativos já latentes em qualquer comunicação para um auditório: a tensão entre as in- formações discursivas e as informações não discursivas; o descompasso entre roteiro e execução; a incerteza da tríplice relação entre o enunciador, o enun- ciado e o espectador.
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