A opcionalidade entre pronome nulo e pronome lexical para leitura correferente em português brasileiro

Autores

Palavras-chave:

português brasileiro, parâmetro pro-drop, sujeito da subordinada

Resumo

É sabido que o português brasileiro não é uma língua categórica quando o assunto é o parâmetro pro-drop (CHOMSKY, 1981). Quando o sujeito da subordinada substantiva objetiva direta é correspondente ao sujeito da oração principal, será nulo em uma língua pro-drop e pronominal em uma língua não pro-drop. Segundo a literatura (BARBOSA; DUARTE; KATO, 2005; HOLMBERG; NAYUDU; SHEEHAN, 2009; WIDERA; KAISER, 2019), em português brasileiro, há a opcionalidade de utilizar sujeito nulo ou pronominal nesses casos, embora haja indícios de que o nulo será interpretado como correspondente ao sujeito da principal, enquanto o pronominal será relacionado a qualquer outro referente, assim como acontece em português europeu. O problema, então, é descobrir por que o português brasileiro conserva duas formas para “expressar a mesma situação” e se existe alguma tendência de interpretação. Por meio de um questionário, foi possível identificar que o português brasileiro realmente conserva as duas formas com um tênue direcionamento interpretativo: sujeito nulo para leitura correferente ao sujeito mais próximo e sujeito pronominal quando correferente a constituintes/sintagmas que não o sujeito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

15.05.2022