RESISTÊNCIA E PROTAGONISMO INDÍGENA EM METADE CARA, METADE MÁSCARA, DE ELIANE POTIGUARA
DOI:
https://doi.org/10.26512/aguaviva.v8i2.43705Palavras-chave:
Eliane Potiguara; Metade cara, metade máscara; literatura indígena; resistência; protagonismo.Resumo
Este artigo realiza uma análise da obra Metade cara, metade máscara (2004), da escritora Eliane Potiguara, a partir das ideias de resistência e protagonismo indígena na produção literária. Neste livro, a autora traz uma discussão em que problematiza a invasão europeia e as diversas formas de violência colonial sobre os povos originários do continente. Mesclando testemunho, autobiografia, romance e poesia, Eliane Potiguara desenvolve em Metade cara, metade máscara uma narrativa híbrida, na qual se observa uma voz autoral, que ao mesmo tempo em que expõe uma série de reflexões e relatos socio-históricos acerca das populações tradicionais, conta as peripécias do casal indígena Cunhataí e Jurupiranga, que, separados pelo colonizador, viajam ao longo do tempo e espaço, testemunham as atrocidades colonialistas e lutam para se reencontrar e para libertar os povos originários da opressão e marginalização social. O estudo é desenvolvido em diálogo com os aportes teórico-críticos de Graça Graúna, Julie Dorrico Peres, Daniel Munduruku, entre outros.
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