Órgão e grand-opéra:

cenas de igreja nas obras de Antônio Carlos Gomes

Autores

  • Marcos da Cunha Lopes Virmond

Palavras-chave:

Antônio Carlos Gomes, órgão, ópera, musicologia

Resumo

A grand-opéra foi prenunciada por G. Rossini e Daniel Auber e o modelo será progressivamente desenvolvido e afirmado por seus contemporâneos, principalmente Giacomo Meyerbeer e Halevy. O uso do órgão em cenas de igreja é um elemento diferenciador que atende as necessidades de variedade a esse modelo. O órgão tanto pode ser usado como simples instrumento icônico para o sagrado como instrumento ativo na orquestração. No período de transição da ópera italiana a grand-opéra é elemento fundamental das transformações do melodrama na Itália. Por meio de investigação documental e análise musical, verifica-se que Antônio Carlos Gomes, um dos atores privilegiadas desse período de transição, adota o modelo e faz uso do órgão em três de suas óperas: Fosca, Salvator Rosa e Colombo, utilizando linguagem muito similar ao proposto por Meyerbeer em Robert le Diable. Conclui-se que a análise das partes de órgão nas óperas de Gomes revela propriedade dramática em seu uso, tem escrita homofônica e contrapontística, escrita esta coerente com o uso que faz desse instrumento para atender as demandas dramáticas das cenas em que está presente.

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Publicado

2008-12-10

Como Citar

Virmond, Marcos da Cunha Lopes. 2008. “Órgão E Grand-opéra:: Cenas De Igreja Nas Obras De Antônio Carlos Gomes”. Música Em Contexto 2 (1):71. https://periodicos.unb.br/index.php/Musica/article/view/11045.

Edição

Seção

Artigos Científicos - linha A