Decolonizando afetos:

A presença do colonialismo na construção de afetos da população negra e a decolonialidade do ser

Autores

  • Matheus Da Rocha Viana Graduando em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (UnB)

Palavras-chave:

Afetividade, Negro, Embranquecimento, Racismo, Decolonialidade, Eugenia

Resumo

Tratar dos questionamentos que envolvem a construção social que nos é apresentada se torna cada vez mais difícil e necessária dentro de contextos e povos que são prejudicados por tais construções, como é a população negra no campo do afeto. Com base nessa questão principal que esse artigo visa discutir sobre a presente colonialidade no atual imaginário cultural brasileiro e como isso afeta, no campo da afetividade, a população negra brasileira, principalmente a “masculina”. Este estudo também tem foco na análise das estruturas usadas para manutenção de tais construções baseadas em noções racializantes e eugenistas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ASSIS, Jussara Francisca de. “Negra é como coelho: só dá cria!” Existe violência obstétrica contra mulheres negras no Brasil?. In: Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2017.

BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: BENTO, Maria Aparecida Silva; CARONE, Iray (org.). Psicologia Social do Racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. 4a ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. p.25-57.

CECCARELLI, Paulo Roberto. O Negro e a Mídia: novas possibilidades de referências identificatórias nas redes sociais. In: Conversas transversalizantes entre psicologia política, social-comunitária e institucional com os campos da educação, saúde e direitos. Vol. 7. Organização: Flávia Cristina Silveira Lemos ([et al.]. - 1. ed. ”“ Curitiba: CRV, pp. 709-718, 2017.

ENGEL, Magali Gouveia. Educação, sanitarismo e eugenia: o negro e a construção da identidade nacional nos debates científicos da Primeira República (1889-1930). In: Martha Abreu; Hebe Mattos; Karl Monsma; Carolina Vianna; Beatriz Ioner. (Org.). História do pós-abolição no mundo Atlântico: identidades e projetos políticos. 1ª ed. Niterói: EDUFF, 2013, v. 1, p. 49-63.

FANON, Frantz. Peles negras, máscaras brancas. Bahia: Edufba, 2008.

FAUSTINO (NKOSI), D. O pênis sem o falo: algumas reflexões sobre homens negros, masculinidades e racismo. In: Feminismos e masculinidades: novos caminhos para enfrentar a violência contra a mulher / organização Eva Alterman Blay. ”“ 1. ed. ”“ São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014. p. 75.

FERREIRA, R.F. O brasileiro, o racismo silencioso e a emancipação do afro-descendente. In: Revista Psicologia & Sociedade; 14 (1):jan./jun. 2002, p. 69-86.

GALTON, Francis. Herencia y eugenesia. Tradução, introdução e notas R. A. Peález. Madrid: Alianza Editorial, 1988.

GOMES, Nilma Lino. O processo de rejeição/aceitação/ressignifiação do corpo e do cabelo. In: GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. São Paulo: Autêntica, 2008. p.117-147.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Movimentos sociais urbanos, minorias étnicas e outros estudos. Brasília: ANPOCS, 1983. p. 223-244.

IANNI, Octávio. A Sociologia de Florestan Fernandes. In. Estud. av. vol.10 no.26 São Paulo Jan./Apr. 1996.

MIGNOLO, Walter. A colonialidade de cabo a rabo: O hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade. In:

LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005.

MONSMA, Karl. Racialização, racismo e mudança: um ensaio teórico, com exemplos do pós-abolição paulista. In: XXVII Simpósio nacional de história. Natal: ANPUH, 2013.

NOBLES, W. W. (2009). Sakhu Sheti: retomando e reapropriando um foco psicológico afrocentrado. In E. L. Nascimento (Org.), Afrocentricidade. Uma abordagem epistemológica inovadora (Coleção Sankofa: Matrizes Africanas da Cultura Brasileira, 4, pp. 277-297). São Paulo: Selo Negro.

OYEWÙMÃ, Oyèrónké. Beyond Gendercentric Models: Restoring Motherhood to Yoruba Discourses of Art and Aesthetics. In: Creary, Nicholas (ed.). African intellectuals and decolonization. Ohio: Ohio University Press: 2012, p. 160-176.

PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo (Colônia). São Paulo: Editora Brasiliense, 1976.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005.

ROSA, Waldemir. Observando uma masculinidade subalterna: homens negros em uma “democracia racial”. Trabalho apresentado no ST 18 ”“ A questão racial no Brasil e as relações de gênero. Seminário Internacional Fazendo Gênero 7, 2006.

SEABARG, Taylor. The The Troubles of Interracial Dating. In: Best of Button August 2016 by Button Poetry, 2016.

SILVA, A. J.; OLIVEIRA, E. G. S. Conceição das crioulas: Território e Identidade no processo decolonial. Revista Ensino Interdisciplinar. Mossoró, v. 3, nº. 08, 2017.

XAVIER, Lucia. Racismo, corpo, saúde, representação. In: FLAUZINA, Ana; PIRES, Thula (org.). Encrespando ”“ Anais do I Seminário Internacional: refletindo a Década Internacional dos Afrodescendentes (ONU, 2015-2024). Brasília: Brado Negro, 2016. p. 37-50.

Downloads

Publicado

31-01-2019

Como Citar

Da Rocha Viana, M. (2019). Decolonizando afetos:: A presença do colonialismo na construção de afetos da população negra e a decolonialidade do ser. Revista Textos Graduados, 5(1), 69–84. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/tg/article/view/22499