Percepções e Sentimentos de Gestantes sobre o Pré-natal

Autores

  • Cesar Augusto Piccinini Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Fernanda Torres de Carvalho Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Luciana Rubensan Ourique Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Rita Sobreira Lopes Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Gestação, Pré-natal, Maternidade, Sentimentos

Resumo

Foram investigadas percepções e sentimentos de gestantes sobre a assistência pré-natal e se as demandas emocionais eram consideradas no atendimento. Participaram 36 gestantes, 20 a 35 anos, de escolaridades variadas, que responderam a entrevistas sobre a gestação e o pré-natal. Análise de conteúdo revelou a importância do pré-natal, especialmente da ultrassonografia, na redução das preocupações sobre a própria saúde e a do bebê, e no vínculo mãe-bebê. Destacou ainda a importância dos profissionais de saúde, familiares e amigos como fontes de apoio e informação. Contudo, apareceram preocupações sobre a assistência pré-natal e quanto às demandas emocionais, que não foram atendidas. Discute-se a importância de se considerar estas demandas no pré-natal, assim como da humanização deste atendimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bardin, L. (1979). Análise de conteúdo (L. A. Reto & A. Pinheiro,
Trad.). São Paulo: Edições 70/Livraria Martins Fontes.
(Original publicado em 1977)
Bracco Neto, H., & Taddei, J. A. C. (2000). Mudança de
conhecimento de gestantes em aleitamento materno através
de atividade educacional. Revista Paulista de Pediatria,
18(1), 7-14.
Buchabqui, J. A., Abeche, A. M., & Brietzke, E. (2001). Assistência
pré-natal. In F. Freitas, S. H. Martins-Costa, J. G. Ramos & J.
A. Magalhães (Eds.), Rotinas em obstetrícia (pp. 23-37). Porto
Alegre: Artes Médicas.
Caron, O. A. F., & Silva, I. A. (2002). Parturiente e equipe obstétrica:
A difícil arte da comunicação. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, 10(4), 485-492.
Coimbra, L. C., Silva, A. A. M., Mochel, E. G., Alves, M. T. B.,
Ribeiro, V. S., Aragão, V. M. F., & Bettiol, H. (2003). Fatores
associados à inadequação do uso da assistência pré-natal.
Revista de Saúde Pública, 37(4), 456-462.
Cook, C. A. L., Selig, K. L., Wedge, B. J., & Gohn-Baube, E. A.
(1999). Access barriers and the use of prenatal care by lowincome,
inner-city women. Social Work, 44, 129-139.
Donelli, T. M. S. (2003). O parto no processo de transição para a
parentalidade. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
Falcone, V. M., Mäder, C. V. N., Nascimento, C. F. L., Santos, J.
M. M., & Nóbrega, F. J. (2005). Atuação multiprofissional e
a saúde mental de gestantes. Revista Saúde Pública, 39(4),
612-618.
Fonseca, M., Magalhães, J., Papich, H., Dias, R., & Schimidt, A.
(2000). Ultra-sonografia em obstetrícia: Explorando um novo
mundo. In N. Caron (Ed.), A relação pais-bebê: da observação
à clínica (pp. 97-118). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Gomes, A. G., & Piccinini, C. A. (2005). A ultra-sonografia
obstétrica e a relação materno-fetal em situação de normalidade
e anormalidade fetal. Estudos de Psicologia, Campinas, 22,
381-393.
Gomes, A. G., & Piccinini, C. A. (2007a). Impressões e sentimentos
de gestantes em relação à ultra-sonografia obstétrica no
contexto de normalidade fetal. Psicologia: Reflexão e Crítica,
20(2), 179-187.
Gomes, A. G., & Piccinini, C. A. (2007b). Impressões e sentimentos
de gestantes sobre a ultra-sonografia e suas implicações para a
relação mateno-fetal no contexto de anormalidade fetal. Psico,
38(1), 67-76.
Huth-Bocks, A., Levendosky, A., Bogat, A., & Von Eye, A. (2004).
The impact of maternal characteristics and contextual variables
on infant--mother attachment. Child Development, 75 (2),
480-487.
Klaus, M. H., Kennel, J. H., & Klaus, P. H. (2000). Vínculo:
construindo as bases para um apego seguro e para a
independência. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
Laville, C., & Dione, J. (1999). A construção do saber: Manual de
metodologia da pesquisa em ciências humanas (H. Monteiro
& F. Settineri, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
Maldonado, M. T. (1997). Psicologia da gravidez: parto e
puerpério. São Paulo: Saraiva.
Melender, H., & Lauri, S. (2002). Experiences of security associated
with pregnancy and childbirth: A study of pregnant women.
International Journal of Nursing Practice, 8(6), 289-296.
Ministério da Saúde (2001). Parto, aborto e puerpério: assistência
humanizada à mulher. Brasília: Ministério da Saúde.
Ministério da Saúde (2006a). Acompanhamento pré-natal garante
gravidez mais segura. Retrieved from http://www.saude.gov.br.
Ministério da Saúde (2006b). Manual técnico: Pré-natal e
puerpério, atenção qualificada e humanizada. Série direitos
sexuais e direitos reprodutivos. Caderno 5. Brasília: Ministério
da Saúde.
Obermeyer, C., & Potter, J. (1991). Maternal Health Care Utilization
in Jordan: A Study of Patterns and Determinants. Studies in
Family Planning, 22(3), 177-187.
Piccinini, C. A., Lopes, R. C. S., Sperb, T., & Tudge, J. (1998).
Estudo longitudinal de Porto Alegre: Da gestação à escola.
Porto Alegre: Instituto de Psicologia, UFRGS. (Projeto não
publicado).
Piontelli, A. (2000). Is there something wrong? The impact of
technology in pregnancy. In J. Raphael-Leff (Ed.), ‘Spilt milk’
perinatal loss & breakdown (pp. 39-52). Londres: Institute of
Psychoanalysis.
Ramos, D. D., & Lima, M. A. D. S. (2003). Acesso e acolhimento
aos usuários em uma unidade de saúde de Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 19(1),
27-34.
Sable, M. R., & Wilkinson, D.S. (1999). The role of perceived
stress on prenatal care utilization: implications for social work
practice. Health & Social Work, 24, 138-146.
Santos, I. S., Baroni, R. C., Minotto, I., & Klumb, A. G. (2000).
Critérios de escolha de postos de saúde para acompanhamento
pré-natal em Pelotas, RS. Revista de Saúde Pública, 34(6),
603-609.
Sartori, G. S., & Van der Sand, I. C. P. (2004). Grupo de gestantes?
Espaço de conhecimentos, de trocas e de vínculos entre os
participantes. Revista Eletrônica de Enfermagem, 6(2), 153-
165.
Silveira, D. S., Santos, I. S., & Costa, J. S. D. (2001). Atenção prénatal
na rede básica: Uma avaliação da estrutura e do processo.
Cadernos de Saúde Pública, 17(1), 131-139.
Simpson, L., Korenbrot, C., & Greene, J. (1997). Outcomes of
enhanced prenatal services for Medicaid-eligible women in
public and private settings. Public Health Reports, 112(2),
122-134.
Souza, R. A., & Carvalho, A. M. (2003). Programa de Saúde da
Família e qualidade de vida: um olhar da Psicologia. Estudos
Psicologia (Natal),8(3), 515-523.
Tiedje, L. B. (2004). Teaching is more than telling: Education
about prematurity in a prenatal clinic waiting room. American
Journal of Maternal Child Nursing, 29(6), 373-379.
Zlotogorsky, Z., Tadmor, O., Duniec, E., Rabinowitz, R., &
Diamant, Y. (1996). The effect of the amount of feedback
on anxiety during ultrasound scanning. Journal of Clinical
Ultrasound, 24, 21-24.

Downloads

Publicado

2012-04-03

Como Citar

Piccinini, C. A., de Carvalho, F. T., Ourique, L. R., & Lopes, R. S. (2012). Percepções e Sentimentos de Gestantes sobre o Pré-natal. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 28(1), 27–33. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17549

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>