SILÊNCIO E SOLIDÃO: ALGUMAS QUESTÕES SOBRE FILOSOFIA MORAL EM HANNAH ARENDT

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v8i15.23877

Palavras-chave:

Hannah Arendt. Moral. Banalidade do Mal. Pensamento.

Resumo

Os ensaios e aulas de Hannah Arendt reunidos na obra Responsabilidade e julgamento são o fio condutor deste artigo, que pretende abordar algumas questões morais retomadas pela autora após a publicação de Eichmann em Jerusalém ”“ Um relato sobre a banalidade do mal, tendo como foco investigativo a relação do ser humano consigo mesmo, ou seja, a relação silenciosa característica do sujeito que pensa. A autora apresenta a tese segundo a qual, mesmo com a ausência de outros, o sujeito não se encontra totalmente sozinho, ou seja, compartilha de si mesmo. Levando essa premissa em consideração, Arendt afirma que o maior mal, tratado em sua obra Eichmann em Jerusalém, é cometido por aquele que se recusa a pensar, ou melhor, por aquele que não se reconhece mais como seu próprio interlocutor, abandonando a si mesmo e deixando de se constituir como alguém.

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Biografia do Autor

Indi Nara Corrêa Fernandes, Universidade de Brasília

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, na linha Ética, Filosofia Política e Filosofia da Religião, pela Universidade de Brasília. Graduada no curso de bacharelado em Filosofia pela Universidade de Brasília (2014/2018). Integrante do Grupo de Pesquisa Ética e Filosofia Política do Departamento de Filosofia. Desenvolveu, entre os anos de 2015 a 2018, Projeto de Iniciação Científica (PIBIC), sob orientação da Professora Drª Maria Cecília Pedreira de Almeida. Possui interesse pela Filosofia Moderna, Contemporânea e Ética e Filosofia Política.

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Publicado

31-07-2019

Como Citar

Corrêa Fernandes, I. N. (2019). SILÊNCIO E SOLIDÃO: ALGUMAS QUESTÕES SOBRE FILOSOFIA MORAL EM HANNAH ARENDT. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 8(15), 149–162. https://doi.org/10.26512/pl.v8i15.23877

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