A Bienal de São Paulo, o debate artístico dos anos 1950 e a constituição do primeiro museu de arte moderna do Brasil

Autores

  • Ana Gonçalves Magalhães Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v4i7.16776

Palavras-chave:

Bienal de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Colecionismo, Arte Moderna

Resumo

A partir da primeira etapa da pesquisa em andamento sobre as obras incorporadas ao acervo do antigo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) ”“ hoje no acervo do Museo de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), que resultou na exposição Um Outro Acervo do MAC USP: Prêmios-aquisição da Bienal de São Paulo, 1951-1963 (MAC USP, 2012-2013), procuramos reavaliar algumas premissas adotadas pela historiografia da arte no Brasil na análise da premiação de aquisição e seu papel na constituição de um acervo internacional de arte moderna para o País. Tais aspectos nos levaram a revisar a dimensão do debate em torno das experiências de abstração nos anos 1950, o sistema de seleção das obras para a premiação (que sugere um engajamento muito próximo com o contexto internacional), a constituição de um sistema internacional de circulação de artistas e de obras, dentre outras questões.

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Publicado

2015-11-03

Como Citar

Magalhães, A. G. (2015). A Bienal de São Paulo, o debate artístico dos anos 1950 e a constituição do primeiro museu de arte moderna do Brasil. Museologia & Interdisciplinaridade, 4(7), 112–129. https://doi.org/10.26512/museologia.v4i7.16776

Edição

Seção

Dossiê: Comunicação, Recepção e Público