A tradução como atividade contrastiva e de conscientização na aprendizagem de línguas próximas

Autores

  • María Carolina Calvo Capilla Universidade de Brasília
  • Mark Ridd Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.26512/rhla.v8i2.742

Palavras-chave:

Contato de línguas;, Línguas próximas;, Interferência;, Fossilização;, Tradução

Resumo

Este artigo analisa a adequação da tradução como atividade de conscientização contrastiva para minorar as interferências e sua fossilização na aprendizagem de línguas próximas. Após anos de exclusão das aulas de línguas em muitos ambientes, a tradução volta a figurar entre as propostas de pesquisadores como atividade comunicativa com foco no sentido que, dada a alta carga cognitiva, permite trabalhar de forma consciente o contraste entre as línguas. Visto que na aprendizagem de línguas próximas o apagamento das diferenças parece ser a origem de interlínguas com elevado grau de interferências e forte tendência à fossilização, a tradução se apresenta como possível solução.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

María Carolina Calvo Capilla, Universidade de Brasília

Professora Mestre da Universidade de Brasília ”“ UnB

Mark Ridd, Universidade de Brasília

Professor Doutor da Universidade de Brasília ”“ UnB

Referências

ALMEIDA FILHO, José C. P. de. Uma metodologia específica para o ensino de línguas próximas? In: ______. (Org.) Português para estrangeiros interfacecom o espanhol. 2ªed. Campinas: Pontes, 2001. p. 9-21.

BACHMANN, Saskia. La traducción como medio de adquisición del idioma. In: Actas III. Congreso Internacional Expolingua. Madrid: Fundación Actilibre, 1994. p. 13-25.

BALLESTER, Ana; CHAMORRO, María Dolores. La Traducción como estrategia cognitiva en el aprendizaje de segundas lenguas. In: Actas del tercer Congreso Nacional de ASELE.Málaga:ASELE, 1993. p. 393-402.

BRIONES, Ana I. O método contrastivo e a prática da tradução no ensino do Português edo Espanhol para hispano e lusofalantes de nível avançado. In: 6ºCongresso da Associação Internacional de Lusitanistas.Rio de Janeiro, 1999. Disponível em: <http://www.geocities.com/ail_br/ometodocontrastivoeapratica.htm>. Acesso em set. 2005.

BROWN, H. Douglas. Principles of Language Learning and Teaching. 4ed. New York: Longman, 2000.

CABRAL CECIN, Janete. A teoria interpretativa da tradução. Letras, Santa Maria, v. 8, p. 55-66, 1994.

CALVI, Maria V. La gramática en la enseñanza de lenguas afines.In: Actas del IX Congreso Internacional de ASELE. Santiago de Compostela: Universidad de Santiago de Compostela, 1999. p. 353-60.

______. Tradición e innovación en un manual de español para italianos: Amigo sincero. Cultura e intercultura en la enseñanzadel español como lengua extranjera, Universitat de Barcelona, 2001. Disponível em: <http://www.ub.es/filhis/culturele/calvi2.htm>. Acesso em: jun. 2004.

______. Aprendizaje de lenguas afines: español e italiano. Revista redELE, v. 1, 2004. Disponível em:<http://formespa.rediris.es/revista/index.html>. Acesso em: jun. 2004.

CANTERO SERENA, Francisco J.; DE ARRIBA GARCÃA, Clara. Actividades de mediación linguística para la clase de ELE. Revista redELE, v. 2, 2004.Disponível em: <http://www.sgci.mec.es/redele/revista2/cantero_arriba.shtml>. Acesso em: jul. 2005.

CARTONI, Flavia. Apuntes para un bilingüismo consciente: italiano y español como instrumento de comunicación y cultura. In: Actas de Expolingua. Paris: L’Université Paris 8, n. 22, 2001. p. 57-64.

CARDINALETTI, Anna. L1 attrition in translations into Italian. Conferência em: 2nd International Conference on L1 Attrition, Amsterdam. 2005. Disponível em: <http://www.let.vu.nl/conference/icfla2005/papers.htm#Cardinaletti>.Acesso em: set. 2005.

COOK, Vivian. Is transfer the right word?Esboço de conferência apresentada no Pragmatic Symposium de Budapest. 2000. Disponível em: <http://homepage.ntlworld.com/vivian.c/Writings/Papers/Transfer2000.htm>. Acesso em: set. 2005.

CORDER, S. Pit. The significance of learner errors. International Review of Applied Linguistics (IRAL),v. 5, n. 2/3, p.161-170,1967.

DE LIMA, Lucielena M. ¿Qué tienen en común la traducción y la enseñanza del español como lengua extranjera?Anuario brasileño de estudios hispánicos, 9, Embajada de España, Consejería de Educación, 1999. p.39-52.

DELISLE, Jean. Translation: an interpretative approach. Ottawa: University of Ottawa Press, 1988.

DOMÃNGUEZ, María J. En torno al concepto de Interferencia”–. CLAC, v. 5, 2001. Disponível em: <http://www.ucm.es/info/circulo/no5/index.htm>. Acesso em: jul. 2005.

ECKE, Peter. Language attrition and theories of forgetting: a cross-disciplinary review.International Journal of Bilingualism, v. 8, n. 3, p. 321-334, 2004.

ELLIS, Rod. Understanding second language acquisition. Oxford: Oxford University Press, 1985.

FLEGE, James. E. Second language speech learning: theory, findings, and problems. In: STRANGE, Winifred(Ed.). Speech perception and linguistic experience: issues in cross-language research. Timonium, MD: York Press, 1995. p. 233”“277.

GALIÑANES, Marta. Proprio/propio. El análisis contrastivo en la clase de español. Conferência na Seconda giornata di studi sull’insegnamentodelle lingue. Universidad de Cagliari, 2003.

GAMBOA, Leylanis. Sobre la traducción como destreza de mediación y la construcción de una competencia plurilingüe y pluricultural en el estudiante de ELE. Revista redELE, n. 2, 2004. Disponível em: <http://www.sgci.mec.es/redele/revista2/gamboa.shtml>. Acesso em:oct. 2005.

GILE, Daniel. Basic concepts and models for translator and interpreter training. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1995 (rev. ed. 2009).

GUINEA, Mercedes. La traducción como método para la enseñanza de la L2. Frecuencia L: Revista de Didáctica Español como Segunda Lengua. n.7, p.42-43, 1998.

HAMERS, Josiane F.; BLANC, Michael H. A. Bilinguality and bilingualism. 2ed. Cambridge: CUP, 2005.

HENDRICKX, Paul V. Language teaching and teaching translation. Babel, v. 18, n. 1, p. 14-20, 1972.

HERNÁNDEZ, M. Rosario La traducción pedagógica en la clase de ELE”–.Actas del VII Congreso de ASELE. Cuenca: Ediciones de la Universidad de Castilla-La Mancha, 1996. Disponível em: <http://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/asele/pdf/07/07_0247.pdf>. Acesso em: 2010.

HURTADO ALBIR,Amparo. La traducción en la enseñanza comunicativa.Cable,n.1, p. 42-45, 1988.

LÖRSCHER, Wolfgang. Process-oriented research into translation and implications for translation teaching. Letras,n. 8, Santa Maria, p. 38-54, 1994.

MARCOS MARÃN, Francisco.A. De lenguas y fronteras: el espanglish y el portunhol. Círculo de Linguística Aplicada a la Comunicación CLAC, v. 17, 2004. Disponível em: <http://www.ucm.es/info/circulo/no17/marcos.htm>. Acesso em: 2004.

MISTRAL, Gabriela. Breve descripción de Chile, 1957. Disponível em: <http://www.uruguaylibros.com/catalog/>. Acesso em 2004.

MORENO, Francisco. Aportes de la sociolingüística a la enseñanza de lenguas. REALEn.1, p.107-135, 1994.

OLLER, John W.; ZIAHOSSEINY, Seid M. The contrastive analysis hypothesis and spelling errors. Language Learning, v. 20, 1970.

RIBEIRO, Adalto C. O papel da tradução e da Análise Contrastiva no ensino de língua estrangeira. Desempenho, v. 2, p. 51-59, 2003.

RIDD, Mark D. Um casamento estranhamente ideal? A compatibilidade de gênios entre o comunicativismo e a tradução. Horizontes de Linguística Aplicada, v. 2, n. 1, p. 93-104, 2003.

______. Tradução: a terceira margem da interlíngua. In: ORTIZ ÁLVAREZ, María L.; ALMEIDA FILHO, José C. P. de (Eds.). Interlíngua. Campinas: Pontes, no prelo.

SCHUMANN, John H. Affective factors and the problem of age. In: Second language acquisition. Language Learning, v.25,n. 2, p. 209-235, 1975.

SELESKOVITCH, Danica. Interpreting for international conferences. Washington: DC, Pen and Booth,1978.

______; LEDERER, Marianne. Interpréter pour traduire. Paris: Didier Erudition, 1986.

SELINKER, Larry. Interlanguage. International Review of Applied Linguistics, v. 10.3, p. 209-231, 1972.

SILVA, Rosângela E. da. O uso da tradução em sala de aula de inglês técnico sob uma ótica comunicativista. Desempenho, v. 5, p. 50-65, 2006.

SILVA, Regina M. F.; RIDD, M. D. Tradução consciente: chave mediadora da leitura em língua estrangeira. Horizontes de Linguística Aplicada, Brasília, v. 6, n. 1, p. 56-66, 2007.

SIMÕES, Antônio R. M. Com licença! Brazilian Portuguese for Spanish speakers.Austin: University of Texas Press, 1992.

SOUTO, Elvira. Traduçom e ensino linguístico.Santiago de Compostela: Edicións Laiovento, 1996.

ULSH, Jack L. From Spanishto Portuguese. Washington, D.C.: Foreign Service Institute, 1971.

VINAY, Jean P.; DARBELNET, Jean. Stylistique comparée du français et de l ´anglais: Méthode de traduction.Paris: Didier, 1977.

WELKER, Herbert A. Traduzir frases isoladas na aula de língua estrangeira: por que não? Horizontes de Linguística Aplicada, v. 2, n. 2, p. 149-162, 2003.

WEINREICH, Uriel. Languages in contact. Findings and problems. 6ª ed. The Hague: Mouton, 1968.

WIDDOWSON, Henry G. Explorations in applied linguistics. Oxford: Oxford University Press, 1979.

Downloads

Publicado

2011-04-09

Como Citar

Calvo Capilla, M. C., & Ridd, M. (2011). A tradução como atividade contrastiva e de conscientização na aprendizagem de línguas próximas. Revista Horizontes De Linguistica Aplicada, 8(2), 150. https://doi.org/10.26512/rhla.v8i2.742

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.