Vontade de beleza e ritual nas artes verbais ameríndias
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40185615Palavras-chave:
Mbyá-Guarani, artes verbais, ritual, autoriaResumo
Este artigo se propõe a discutir uma prática estética que envolve narrativas orais. Quem Conta um Conto é um grupo vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul que tem experimentado atividades relacionadas a performances numa escola mbyá-guarani. Considerando a vontade de beleza que fundamenta a vida indígena, através da arte verbal tem sido possível aproximar diferentes poéticas e também favorecer o entendimento dos modos com que este povo se apropria criativamente de perspectivas alheias. Além disso, tem sido possível compreender as práticas artísticas ameríndias como meios rituais de manutenção do equilíbrio do cosmos e da comunidade.
Downloads
Referências
BENJAMIN, Walter (1987). Rua de mão única. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Brasiliense. (Obras Escolhidas, v. 2)
BRASIL (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 abr. 2016.
CUNHA, Manuela Carneiro da (2009). “Cultura” e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais. In: CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas. São Paulo: Cosac Naify. p. 311-373.
CESARINO, Pedro de Niemeyer (2006). De duplos e estereoscópios: paralelismo e personificação nos cantos xamanísticos ameríndios. Mana, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 105-134.
FIOROTTI, Devair; OLIVEIRA, Jociane Gomes de (2016). Erencon, a literatura e os haicais. Revista Boitatá, Londrina, n. 22, p. 49-67, jul./dez.
GALLOIS, Dominique Tilkin (2016). A escola como problema: algumas posições. In: CUNHA, Manuela Carneiro da; CESARINO, Pedro de Niemeyer (Org.). Políticas culturais e povos indígenas. São Paulo: Editora da Unesp. p. 509-517.
JEKUPÉ, Olívio (2013) (Org.). As queixadas e outros contos guaranis. Ilustrado por Fernando Vilela. São Paulo: FTD.
KUSCH, Rodolfo (2009). El pensamento indígena y popular en América. In: KUSCH, Rodolfo. Obras completas. Rosário: Fundación A Ross. p. 255-546.
LADEIRA, Maria Inês (2007). O caminhar sob a luz. São Paulo: Editora Unesp.
LAGROU, Els (2009). Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: C/Arte.
LIMA, Joaquim Maná de et al. (2016). Observações sobre o processo de patrimonialização dos Kene Huni Kuá¿–. In: CUNHA, Manuela Carneiro da; CESARINO, Pedro de Niemeyer (Orgs.). Políticas culturais e povos indígenas. São Paulo: Editora da Unesp. p. 219-240.
MATO, Daniel (2005). Interculturalidad, producción de conocimientos y prácticas socioeducativas. Alceu, Rio de Janeiro, v. 6, n. 11, p. 120-138, jul./dez.
MENEZES, Magali Mendes et al (2015). Um olhar sobre o olhar indígena e suas escol(h)as. Education policy analysis archives, San Andrés, v. 23, n. 97, p. 1-29, out. Disponível em: http://epaa.asu.edu/ojs/article/view/2044/1678. Acesso em: 12 ago. 2016.
OLIVEIRA, Joana Cabral de; SANTOS, Lucas Keese dos (2016). “Perguntas demais” ”“ multiplicidades de modos de conhecer em uma experiência de formação de pesquisadores Guarani Mbya. In: CUNHA, Manuela Carneiro da; CESARINO, Pedro de Niemeyer (Org.). Políticas culturais e povos indígenas. São Paulo: Editora da Unesp. p. 113-133.
PISSOLATO, Elizabeth (2008). Dimensões do bonito. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 35-51, jul./dez.
RIBEIRO, Berta (1986a). Introdução. In: RIBEIRO, Berta (Coord.). Suma etnológica brasileira. Petrópolis: Vozes, v. 2, p. 18-27. Disponível em: http://www.etnolinguistica.org/suma. Acesso em: 11 jul. 2016.
RIBEIRO, Darcy (1986b). Arte índia. In: RIBEIRO, Darcy (Ed.) et al. Suma etnológica brasileira. Petrópolis: Vozes, v. 3, p. 27-54. Disponível em: http://www.etnolinguistica.org/suma. Acesso em: 11 jul. 2016.
RISÉRIO, Antônio (1993). Textos e tribos: poéticas extraocidentais nos trópicos brasileiros. Rio de Janeiro: Imago.
TETTAMANZY, Ana Lúcia Liberato; RIVOIRE, Luciene (2013). Histórias para povoar as matas: os Mbyá-Guarani entre voz e letra. In: FARENZENA, Nalu (Org.). ENCONTRO INTERNACIONAL DE INVESTIGADORES DE POLÍTICAS LINGUÍSTICAS, 6., 23-25 nov 2013. Porto Alegre: UFRGS. p. 218-225.
VIDAL, Lux; SILVA, Aracy Lopes da (1995). O sistema de objetos nas sociedades indígenas: arte e cultura material. In: SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (Orgs.). A temática indígena na escola. Brasília: MEC, p. 369-406.
VIEIRA, Marina Guimarães (2016). Sobre alguns modos de usar a cultura dos Outros. In: CUNHA, Manuela Carneiro da; CESARINO, Pedro de Niemeyer (Org.). Políticas culturais e povos indígenas. São Paulo: Editora da Unesp. p. 257-286.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons de Atribuição-Não Comercial 4.0, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.