Des-reterritorializações:

percursos possíveis do romance afro-brasileiro recente

Autores

  • Paulo C. Thomaz Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.1590/2316-4018451

Resumo

Este estudo consiste em analisar, desde o conceito de multiterritorialidade, elaborado pelo geógrafo Rogério Haesbaert, alguns percursos diaspóricos das personagens do romance afro-brasileiro Um defeito de cor (2006), da escritora Ana Maria Gonçalves. Na narrativa, que se desenvolve na África e no Brasil do século XIX, daremos destaque à protagonista, Kehinde, em sua mobilidade material e simbólica pelos continentes africano e americano. Para Haesbaert, o aspecto imanente da multiterritorialização na vida dos indivíduos e dos diferentes grupos humanos tem sido desestimado pelo “mito” da desterritorialização. Em lugar de uma simplista desterritorialização desenraizadora, teríamos um permanente processo de reterritorialização, espacialmente descontínuo e sumamente complexo. Assim, é desde um mover-se como des-reterritorialização, por um lado, simbólica e cultural, e, por outro, política e econômica, que pensaremos esses percursos diaspóricos das personagens da obra.

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Publicado

03/18/2015

Como Citar

C. Thomaz, P. (2015). Des-reterritorializações:: percursos possíveis do romance afro-brasileiro recente. Estudos De Literatura Brasileira Contemporânea, (45), 21–35. https://doi.org/10.1590/2316-4018451