A utopia nacionalista de Manoel Bomfim

Autores

  • André Luiz de Souza Filgueira Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i20.19864

Palavras-chave:

Nação. Resistência. Brasil.

Resumo

Este texto é dedicado à compreensão da designação de nação em Manoel Bomfim. A tese que sustenta essa concepção é a de que o Brasil se fez nação apoiado em todos os predicados necessários à sua consolidação (coesão social, amor à terra, amor à pátria e resistência) nos século XVI e XVII. O ânimo nacional, expressão utilizada por Bomfim para se referir à formação da pátria, manifestou-se em momentos específicos, a saber, durante a resistência à invasão francesa e, depois, à holandesa. Assim foi fundada a nação brasileira, na derrota dos invasores. O conhecimento da tradição resistente e fundadora da pátria ”“ erguida no ânimo nacional e no suor derramado pelos herois da nação em sua defesa ”“ Bomfim os recebeu dos escritos de Robert Southey. O ânimo nacional ganhou tonalidade nos escritos do autor em análise porque sua força repousa no sentimento, na paixão e no amor à pátria. A nossa proposta é expor os argumentos empregados por Bomfim que conferem sustentação ao aparecimento do fenômeno nacional, amparado no amor à pátria e que, depois, efervescerá as quatro revoluções do século XIX (época assinalada pela composição do Estado nacional brasileiro).

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Biografia do Autor

André Luiz de Souza Filgueira, Universidade de Brasília (UnB)

Doutorando em Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura, mestre em Ciências Sociais pelo Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas, ambos da Universidade de Brasília e, graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

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Publicado

2012-08-17

Como Citar

FILGUEIRA, André Luiz de Souza. A utopia nacionalista de Manoel Bomfim. Em Tempo de Histórias, [S. l.], n. 20, p. 153–163, 2012. DOI: 10.26512/emtempos.v0i20.19864. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/19864. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

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