Vidas secas e a perspectiva de emancipação social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/cerrados.v27i47.20239

Palavras-chave:

Graciliano Ramos. Vidas secas. Georg Lukács. Realismo. Perspectiva

Resumo

Entre o narrador e os personagens de Vidas secas ocorre um espaço tenso de comunicação, espaço que expõe mundos desiguais, mas que compartilham a necessidade e a possibilidade do progresso humano, a uns, concedido, negado a outros; esses mundos se encontram na figuração literária de Vidas secas, para dar expressão àqueles que, em meio à seca, desejam vida, fartura, amor, progresso. Entre os próprios personagens ocorrem desníveis, sutis, mas que constituem a riqueza ou “astúcia” do real (Lenin); a partir dela, opera-se, dialeticamente, a superação histórica.

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Biografia do Autor

Bernard Herman Hess, Universidade de Brasília

Doutor em Literatura pela Universidade de Brasília. Professor de Literatura no curso de Licenciatura e Educação do Campo da Universidade de Brasília. 

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Publicado

28-12-2018

Como Citar

Hess, B. H. (2018). Vidas secas e a perspectiva de emancipação social. Revista Cerrados, 27(47), 197–216. https://doi.org/10.26512/cerrados.v27i47.20239

Edição

Seção

Marx: Arte, Literatura e Práxis

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