A interpretação para Libras em contexto educacional:

reflexão a partir da experiência na pós-graduação

Autores

  • Carla Regina Sparano Tesser Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v8.n1.2019.22630

Palavras-chave:

Intérprete de libras, Contexto educacional, Libras, Construção de Sentido

Resumo

Este artigo tem por objetivo observar e discutir a interpretação para Libras- Língua Brasileira de Sinais em contexto educacional tendo como foco compreender as estratégias linguístico-discursivas que o intérprete educacional (IE) do ensino superior utiliza em sala de aula para mediar a aprendizagem do aluno surdo. Pauta-se na teoria sócio-histórico-cultural de Vygotsky ([1934] 2008, 2007), mais especificamente nos conceitos de mediação e zona de desenvolvimento proximal. Na compreensão dialógica da linguagem, nos apoiamos em Bakhtin ([1929] 2009. No que se refere aos termos metodológicos, optou-se pela pesquisa qualitativa. O artigo apresenta uma introdução, em que se justifica a importância do intérprete de Libras; na sequência está organizado em três partes: fundamentação teórica, que versa sobre o processo de construção de sentidos; metodologia, que trata da questão da construção de um conjunto de práticas utilizadas durante a pesquisa; e principais resultados das análises dos dados, à luz dos procedimentos de tradução de Santiago (2012). Os resultados desta pesquisa apontam que o intérprete de Libras, no contexto educacional, serve-se da Língua de Sinais a fim de alcançar estratégias linguístico-discursivas para a construção de sentidos durante o ato interpretativo em sala de aula, o que favorece a aprendizagem do aluno surdo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAKHTIN, M. (VOLOSHINOV) (1929) Marxismo e Filosofia da Linguagem. 13. ed.; tradução Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2009.

BARBOSA, H. G. Procedimentos Técnicos da tradução: uma nova proposta. 2. ed. Campinas: Pontes, 2004.

BRAIT, B. Olhar e ler: verbo-visualidade em perspectiva dialógica. Bakhtiniana, Revista de Estudos do Discurso, v. 8 (2), n. 66, jul./dez., 2013.

BRASIL. Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 04 fev. 2018.

BRASIL. Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm Acesso em: 04 fev. 2018.

BRASIL. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm Acesso em: 04 de fevereiro de 2018.

GIL A. C. Como classificar as pesquisas? In: GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2002, p. 41-58.

KOTAKI, S. C.; LACERDA F. B. C. O Intérprete de Libras no Contexto da Escola Inclusiva. In: LACERDA, C. B. F.; SANTOS, L. F. (Orgs). Tenho um aluno surdo, e agora? São Carlos: EDUFSCar, 2013.

LACERDA, C. B. F. Intérprete de Libras em atuação na educação infantil e no ensino fundamental. Porto Alegre: Editora Mediação, 2009.

LEE-JAHNKE H.; DELISLE J.; CORMIER, M. C. Terminologia e tradução. (Orgs.). Tradução e adaptação para o português: A. Faleiros; C. Xatara Brasília: UNB, 2013.

McCLEARY, L. E.; VIOTTI, E.; LEITE, T. A. Descrição das línguas sinalizadas. A questão da transcrição dos dados. Revista Alfa. Vol. 54, n 1, p. 265-289, 2010.
RODRIGUES, C. H. ; BEER, H. Os estudos da tradução e da interpretação de línguas de sinais: novo campo disciplinar emergente?. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 35, n. 2, p. 17-45, out. 2015.

SANTIAGO, V. A. A. Português e Libras em diálogo: os procedimentos de tradução e o campo do sentido. In: ALBRES, N. A.; SANTIAGO, V. A. A. (Orgs). Libras em estudo: tradução/interpretação. São Paulo: FENEIS, 2012.

SANTOS, S. A. dos. Tradução/Interpretação de língua de sinais no Brasil: Uma análise das teses e dissertações de 1990 a 2010. Tese (Doutorado em Estudos da Tradução). Universidade Federal de Santa Catarina, 2013.

SOBRAL, A. Dizer o ‘mesmo’ a outros: ensaios sobre tradução. São Paulo: Special Books Service Livraria, 2008.

TESSER, C. R. S. Atuação do intérprete de libras na mediação da aprendizagem de aluno surdo no ensino superior: Reflexões sobre o processo de interpretação educacional. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem). Pontifícia Universidade Católica. São Paulo, SP, 2015.

VYGOTSKY, Lev S. (1934) Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Downloads

Publicado

31-01-2019

Como Citar

TESSER, Carla Regina Sparano. A interpretação para Libras em contexto educacional:: reflexão a partir da experiência na pós-graduação. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 8, n. 1, p. 105–118, 2019. DOI: 10.26512/belasinfieis.v8.n1.2019.22630. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/22630. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.