SIMBOLISMOS E DESENCANTOS: ROCHA POMBO E A ESCRITA DE NO HOSPÍCIO

Autores

  • Silvia Gomes Bento de Mello Universidade Estadual do Centro-Oeste

DOI:

https://doi.org/10.26512/aguaviva.v3i2.23537

Palavras-chave:

literatura; modernidade; loucura; hospício.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo problematizar o romance No hospício (1996), escrito por José Francisco da Rocha Pombo, entre 1896 e 1900. Mais especificamente, se deseja capturar na trama, elementos que vinculam a obra a questões mais amplas tanto da vida de seu autor, quanto do momento histórico em que ele viveu. Dessa forma, vinculado à estética simbolista, o texto literário em questão revela um processo de crise da modernidade (em especial, vinculada aos valores da racionalidade), largamente denunciado nas páginas do romance. De outra parte, o entendimento da obra requer considerar que a escrita do romance só foi possível a partir das vivências e experiências do próprio escritor, que o levou a se decepcionar com o projeto da modernidade.

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Biografia do Autor

Silvia Gomes Bento de Mello, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Possui graduação em Licenciatura em Historia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2000), Mestrado e Doutorado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003 e 2008, respectivamente). Atualmente, é professora Adjunto D da Universidade Estadual do Centro-Oeste, campus de Guarapuava - PR. Tem experiência em História, atuando principalmente nos temas: cultura letrada, intelectuais, escrita, modernidade. 

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

MELLO, Silvia Gomes Bento de. SIMBOLISMOS E DESENCANTOS: ROCHA POMBO E A ESCRITA DE NO HOSPÍCIO. Revista Água Viva, [S. l.], v. 3, n. 2, 2018. DOI: 10.26512/aguaviva.v3i2.23537. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/aguaviva/article/view/23537. Acesso em: 29 mar. 2024.