A CARNAVALIZAÇÃO DO DIABO NA LITERATURA BRASILEIRA: UM ESTUDO COMPARADO ENTRE ÁLVARES DE AZEVEDO E MACHADO DE ASSIS

Autores

  • Augusto Rodrigues da Silva-Junior UnB
  • Marcos Eustáquio de Paula-Neto UnB

DOI:

https://doi.org/10.26512/aguaviva.v3i1.12204

Palavras-chave:

Machado de Assis; Álvares de Azevedo; Carnavalização; Diabo.

Resumo

Pretende-se alcançar um entendimento sobre a perspectiva atribuída ao Diabo, na cultura popular do ocidente, e suas repercussões nas obras Macário (1852) de Álvares de Azevedo e A igreja do Diabo (1884) de Machado de Assis. Para o entendimento dessa personagem infernal, visto pela ótica da carnavalização (BAKHTIN, 2008) e da tanatografia, esse estudo trará sua memória bíblica, sua relativização no século XIX e sua presença em manifestações literárias ligadas à tradição da sátira menipeia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Augusto Rodrigues da Silva-Junior, UnB

Professor Adjunto IV de Literatura Brasileira da Universidade de Brasília. Estágio Pós-Doutoral (Bolsista CAPES/2014-2015) na Universidade do Minho - Departamento de Estudos Portugueses e Lusófonos - Braga/Portugal. Doutor em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (2008). Mestrado e Graduação pela Universidade Federal de Goiás (UFG/1996-2002). Desenvolve trabalhos nas áreas de Literatura Comparada; Literatura e Outras Artes; Tanatografia; Geopoesia; Literatura de Campo; Estudos da performance; Artes Cênicas; Tradução. Criador da Tanatografia, atua com os conceitos de Crítica Polifônica e Dialógica; Estética da criação cinematográfica; Tradução coletiva; Cinema literário; O Problema do Hífen Colonial, Teatro de Terreiro, Cultura Popular Quilombola (Regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil). É tradutor de Paul Valéry, Richard Schechner, Herman Melville, Stéphane Mallarmé. Consultor ad hoc / CAPES. Poeta e ensaísta, recebeu os seguintes Prêmios: Concurso de Poesia Fernando Mendes Vianna (2009; A.N.E; Thesaurus); Concurso Nacional de Ensaio / Prêmio Cassiano Nunes / Biblioteca Central - Universidade de Brasília/2011). Prêmio UnB de Dissertação e Tese 2015 e 2016 (Orientação/mestrado). Menção Honrosa - Prêmio Dirce Côrtes Riedel 2017- ABRALIC - Categoria: Dissertação (Orientação). Publicou os seguintes livros de poesia: Niemar. Goiânia: Vieira, 2008; Onde as ruas não têm nome. Brasília: Thesaurus, 2010 (Prêmio Fernando Mendes Vianna); Do livro de Carne. Brasília: Thesaurus, 2011; Centésima Página: Lisboa, 2015. Em 2017 publicou o conto infanto-juvenil: Joãozinho e o pé-de-pequi (Tagore editora, Brasília).

Marcos Eustáquio de Paula-Neto, UnB

É estudante do curso de Letras Português e respectivas literaturas na Universidade de Brasília. É, também, pesquisador do grupo de pesquisa, coordenado pela professora Dra. Sylvia Cyntrão, Poéticas Contemporâneas. Concluiu três pesquisas de Iniciação cientifica: a primeira intitulada "Problemas da Poética de Fernando Pessoa: Uma análise dialógica em A Educação do Estóico" em 2015, a segunda "Dialogismo e autoconsciência na prosa tanatográfica de Machado de Assis: por uma teoria brasileira da literatura", em 2016, e a terceira intitulada "Aspectos tanatográficos e polifônicos em Fiódor Dostoiévski: personagens e narradores do subsolo na atividade estética", sendo os três trabalhos escritos sob a orientação do professor Dr. Augusto Rodrigues da Silva Junior.

Referências

AUERBACH, Erich. Mimesis. São Paulo: Editora Perspectiva, 1971.

AZEVEDO, Álvares de. Macário. Porto Alegre: L&PM, 2010.

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais. 6. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008.

BÃBLIA, João. Bíblia Sagrada. São Paulo: Geográfica, 2011. João 8: vers. 44.

BORGES, Jorge Luis. Nove ensaios dantescos & a memória de Shakespeare. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

CANDIDO, Antonio. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Editora Ática, 1989.

____. Formação da Literatura Brasileira: Momentos Decisivos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2012.

PESSOA, Fernando. A Hora do Diabo. Lisboa: Assírio & Alvim, 2004.

GOETHE, Johann Wolfgang Von. Fausto. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1981.

MACHADO. Contos ”“ Obra completa. Belo Horizonte: Itatiaia, 2012.

____. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo:Abril, 2010.

____. Obra Completa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1992.

SÁ REGO, Enylton. O Calundu e a Panacéia Machado de Assis, a sátira menipeia e a tradição luciânica. Rio de Janeiro: Forense universitária, 1989.

SILVA JR. Augusto Rodrigues. Morte e decomposição biográfica em Memórias Póstumas de Brás Cubas. 2008. 216f. Tese (Doutorado em Literatura Comparada) ”“ Instituto de Letras da UFF. Universidade Federal Fluminense, Niterói (RJ).

____. Tanatografia e morte literária: decomposições biográficas e reconstruções dialógicas. ComCiência (online). N. 163. Campinas, nov. 2014, p. 1-8. Disponível em: <http://comciencia.scielo.br/scielo.php?cript=sci_arttext&pid=s1519-76542014000900012&lng=pt&nrm=isso> Acesso em: 04 mar. 2018.

SOUSA, Eudoro de. Mitologia I Mistério e Surgimento do Mundo. 2ª ed. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1995.

SOUZA, Laura de Mello. Inferno atlântico ”“ demonoligia e colonização nos séculos XVI-XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

____. O diabo e a terra de Santa Cruz. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Downloads

Publicado

2018-08-24

Como Citar

SILVA-JUNIOR, Augusto Rodrigues da; PAULA-NETO, Marcos Eustáquio de. A CARNAVALIZAÇÃO DO DIABO NA LITERATURA BRASILEIRA: UM ESTUDO COMPARADO ENTRE ÁLVARES DE AZEVEDO E MACHADO DE ASSIS. Revista Água Viva, [S. l.], v. 3, n. 1, 2018. DOI: 10.26512/aguaviva.v3i1.12204. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/aguaviva/article/view/12204. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

v. 3 n. 1 (2018): Revista Água Viva

Seção

Artigos

Licença

Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.