Educação Rebelde e a construção coletiva da autonomia nas escolas zapatistas

Autores

  • Ana Catarina Zema de Resende Universidade de Brasília, UnB
  • Mariana Castilho Departamento de Estudos Latino-americanos/Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.26512/abyayala.v2i2.14960

Resumo

RESUMO: Desde 1994, após o levante armado que culminou na ocupação de sete cidades do estado de Chiapas no México, o Exército Zapatista de Libertação Nacional deu início a um processo de constituição de uma das mais importantes experiências de autonomia indígena da contemporaneidade. Partindo de uma vanguarda revolucionária leninista clássica para uma revolta indígena, o movimento zapatista foi se afirmando como um movimento autônomo, radicalmente democrático, fortemente marcado pela afirmação de uma identidade indígena e ao mesmo tempo nacionalista mexicano, impregnado de um espírito libertário com influência de leituras marxistas e de uma cultura cristã emancipatória, além dos ideiais feministas e das referências à tradição e aos costumes dos povos maia. Com base nessas influências e, especialmente, nas tradições indígenas, um sistema de autogoverno foi construído. Nesse processo de construção de um regime autônomo, a educação foi objeto de uma importante mobilização por parte dos zapatistas. Este artigo pretende demonstrar como a experiência zapatista autônoma e seu projeto de “educação verdadeira” representam um questionamento radical da política educacional do Estado ao mesmo tempo em que favorecem a emergência de estratégias educativas condizentes com as demandas indígenas. 

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Biografia do Autor

Ana Catarina Zema de Resende, Universidade de Brasília, UnB

Doutora em História PPGHIS- UnB 2014

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Publicado

2018-08-30

Como Citar

Zema de Resende, Ana Catarina, e Mariana Castilho. 2018. “Educação Rebelde E a construção Coletiva Da Autonomia Nas Escolas Zapatistas”. Abya-Yala: Revista Sobre Acesso à Justiça E Direitos Nas Américas 2 (2):353-71. https://doi.org/10.26512/abyayala.v2i2.14960.