Autonomia e Política Externa: o caso brasileiro na luta contra o terrorismo durante o governo Lula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20889/M47e19012

Palavras-chave:

Brasil; Guerra ao Terror; Governo de Lula; Realismo Neoclássico; Estados Unidos.

Resumo

Esse artigo examina a política externa brasileira durante a administração de Lula e como o conceito de autonomia moldou o posicionamento do Brasil sobre supostas atividades terroristas em seu território. Usando da abordagem do
Realismo Neoclássico, esse manuscrito explora como o conceito de autonomia permitiu o Brasil de opor as pressões advindas da Guerra ao Terror estadunidense entre 2003-2010. A autonomia funcionou como uma variável intermediária que permitiu a política externa brasileira, até certa medida, de traçar seu próprio caminho em questões de segurança.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sophia Luiza Zaia, Centro Universitário Internacional

Centro Universitário Internacional, Departamento de Relações Internacionais, Curitiba ”“ Brazil.


Referências

ABIN ”“ Associação Brasileira de Inteligência Nacional. “Terrorism.Ë® http://www.abin.gov.br/atuacao/fontes-de-ameacas/terrorismo/. Accessed July 28, 2016.

Aith, Marcio. “Bush pedirá a Lula apoio contra terrorismo.Ë® Folha de São Paulo, December 5, 2002. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0512200214.htm. Accessed August 26, 2016.

Alden, Chris and Marco Antonio Vieira. “The new diplomacy of the south: South Africa, Brazil, India and trilateralism.Ë® Third World Quarterly 26, no. 7 (2005): 1077-1095.

Alden, Chris, Sally Morphet, and Marco Antonio Vieira. The south in world politics. New York: Palgrave and Macmillan, 2010.

Alsina Junior, João Paulo Soares. “O poder militar como instrumento da política externa brasileira contemporânea.Ë® Revista Brasileira de Política Internacional 52, no. 2 (2009): 173-191.

Amaral, Arthur Bernardes do. “A Tríplice Fronteira e a guerra ao terror: dinâmicas de constituição da ameaça terrorista no Cone Sul.Ë® Carta Internacional 2, no. 2 (2007): 41-51.

Amorim, Celso Luís Nunes. “Discurso proferido pelo Embaixador Celso Amorim por ocasião da Transmissão do Cargo de Ministro de Estado das Relações Exteriores.Ë® Ministério das Relações Exteriores, January 2, 2003. http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/discursos-artigos-e-entrevistas-categoria/ministro-das-relacoes-exteriores-discursos/7547-discurso-proferido-pelo-embaixador-celso-amorim-por-ocasiao-da-transmissao-do-cargo-de-ministro-de-estado-das-relacoes-exteriores. Accessed August 12, 2016.

Amorim, Celso Luís Nunes. “Entre o desequilíbrio unipolar e a multipolaridade: o Conselho de Segurança da ONU no período Pós-Guerra Fria.Ë® In O Brasil e as novas dimensões da segurança internacional, edited by Gilberto Dupas and Tullo Vigevani. São Paulo: Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, Editora Alfa-Ômega, 1999.

Battaglino, Jorge. “Brasil e a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano. Uma convergência de vantagens.Ë® Nueva Sociedad, special in Portuguese, (2009): 79-89.

Bertonha, João Fábio. “Brazil: an emerging military power? The problem of the use of force in Brazilian international relations in the 21st century.Ë® Revista Brasileira de Política Internacional 53, no. 2 (2010): 107-124.

Brands, Hal. Dilemmas of Brazilian grand strategy. Carlisle, PA: Strategic Studies Institute, U.S. Army War College, 2010.

Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Constituicao/Constituicao.htm. Accessed July 26, 2016.

Casa Civil. Decreto no 5.484, de 30 de junho de 2005. Política de Defesa Nacional ”“ Decreto 5484/05 |

Decreto no 5.484, de 30 de junho de 2005. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/ Decreto/D5484.htm. Accessed July 26, 2016.

Casa Civil. LEI No 13.260, de 16 de março de 2016. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20152018/2016/Lei/L13260.htm. Accessed April 30, 2017.

Casa Civil. LEI No 7.170, de 14 de dezembro de 1983. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7170.

htm. Accessed July 26, 2016.

Brigagão, Clovis and Domício Proença Junior. Concertação Múltipla. Inserção Internacional de Segurança do Brasil. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S.A., 2002.

Burges, Sean William. Brazilian foreign policy after the Cold War. Gainesville,FL: University Press of Florida, 2009.

Buzan, Barry, Ole Waever, and Jaap de Wilde. Security: a new framework for analysis.Colorado: Lynne Rienner Publishers Inc., 1998.

Buzanelli, Márcio Paulo. “Porque é necessário tipificar o crime de terrorismo no Brasil.Ë® In Agência Brasileira de Inteligência, edited by Revista Brasileira de Inteligência. Brasilia: ABIN, no. 8., September 2005.

Cepik, Marco Aurélio. “Combate ao terrorismo e estado no Brasil: avaliação crítica e sugestões preliminares.Ë® In Terrorismo e Relações Internacionais: perspectivas e desafios para o século XXI, edited by Monica Herz and Athur Bernardes do Amaral. Rio de Janeiro, 1 (2010): 121-145.

COAF ”“ Conselho de Controle de Atividades Financeiras. “Processo de avaliação do Brasil pelo GAFI/

FATF conta com coordenação do COAF.Ë® Ministério da Fazenda, July 30, 2015. http://www.coaf.fazenda.gov.br/noticias/processo-de-avaliacao-do-brasil-pelo-gafi-fatf-conta-com-coordenacao-

do-coaf. Accessed April 30, 2017.

Cunha, Ciro Leal Martins da. Terrorismo internacional e política externa brasileira após o 11 de

setembro. Brasília: Fundação Alexandre Gusmão, 2010.

Desch, Michael C. “Culture Clash: assessing the importance of ideas in security studies.Ë® International

Security 23, no. 1 (1998): 141-170.

Dodge, Toby. Lecture in CLM.6.02 at Clement House. London: London School of Economics and

Political Science, October, 2015.

Emerson, R. Guy. “Radical Neglect? The “War on Terror” and Latin America.Ë® Latin American Politics

and Society 52, no. 1 (2010): 33-62.

FATF ”“ Financial Action Task Force on Money Laundering in South America. “Mutual Evaluation

Report Executive Summary. Anti-Money Laundering and Combating the Financing of Terrorism.Ë®

Federative Republic of Brazil, 2010. http://www.fatf-gafi.org/media/fatf/documents/reports/mer/

MER%20Brazil%20ES.pdf. Accessed April 30, 2017.

Ferreira, Marcos Alan Shaikhzadeh Vahdat. “Os órgãos governamentais brasileiros e a questão do

terrorismo na Tríplice Fronteira: divergências de percepções e convergências nas ações.Ë® Publicação

da Associação Brasileira de Relações Internacionais 7, no. 1 (2012): 102-117.

Franko, Patrice. “The defense acquisition trilemma: the case of Brazil.Ë® Institute National Strategic

Studies. Strategic Forum, National Defense University, no. 284 (2014): 1-16.

Fuccille, Alexandre. “O Brasil e a América do Sul: (re)pensando a segurança e a defesa na região.

Brazil and South America: (re)thinking security and defense in the region.Ë® Revista Brasileira

de Estudos de Defesa 1, no. 1 (2014): 112-146.

Goldstein, Judith and Robert O. Keohane. Ideas and Foreign Policy: Beliefs, Institutions, and Political

Change. New York: Cornell Studies in Political Economy, 1993

Hirst, Monica Ellen Seabra. “Os cinco ‘As’ das relações Brasil-Estados Unidos: aliança, alinhamento,

autonomia, ajustamento e afirmação.Ë® In Relações internacionais do Brasil: temas e agendas edited

by Antonio Carlos Lessa and Henrique Altemani de Oliveira, A.C., vol. 2. São Paulo: Editora

Saraiva, 2006.

Hirst, Monica Ellen Seabra. Understanding Brazil-United States relations. Brasília: Fundação Alexandre

Gusmão, 2013.

Hoffman, Bruce. Inside Terrorism. New York: Columbia University Press, 2006.

Joaquim, Emanuel Bernardes. “Entre duas realidades. Os realismos e a relação entre as estruturas

doméstica e internacional.Ë® Teoria das Relações Internacionais 36, (2012): 73-86.

Kitchen, Nicolas. “Systemic pressures and domestic ideas: a neoclassical realist model of grand

strategy formation.Ë® Review of International Studies 36, no. 1 (2010): 117-143.

Lasmar, Jorge Mascarenhas. “A legislação brasileira de combate e prevenção do terrorismo quatorze

anos após 11 de Setembro: limites, falhas e reflexões para o futuro.Ë® Revista de Sociologia e

Política (UFPR) 23, no. 53 (2015): 47-70.

Lima, Maria Regina Soares de. “Tradição e inovação na política externa brasileira.Ë® Working Paper,

Plataforma Democrática 3, (2010): 1-22.

Lobell, Steven E., Norrin M. Ripsman, and Jeffrey W. Taliaferro. Neoclassical Realism, the State, and

Foreign Policy. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.

Lustig, Robin. “Brazil emerges as a leading exponent of ‘soft power.Ë® BBC News, March 23, 2010.

http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/8580560.stm. Accessed May 03, 2017.

Monteiro, Leonardo Valente. “Revisionismos de relações com os Estados Unidos e suas variáveis nos

governos progressistas da América do Sul.Ë® Revista Brasileira de Política Internacional 57, no. 1

(2014): 177-196.

MPF ”“ Ministério Público Federal. “Convenções Anti-Terrorismo.Ë® Secretaria de Cooperação Jurídica

Internacional ”“ SCI, August 29, 2016. http://www.internacional.mpf.mp.br/normas-e-legislacao/

tratados/convencoes-anti-terrorismo?set_language=pt-br. Accessed May 03, 2017.

NSC ”“ National Security Council. “National Security Council.Ë® The White House, President Barack

Obama, 2002. www.whitehouse.gov/nsc/nss.pdf. Accessed July 26, 2016.

Nye Junior, Joseph Samuel. Soft Power: the means to success in world politics. London: Public Affairs,

New Ed edition, 2005.

OEA. Organization of American States. “Declaration on security in the Americas”. Special Conference

on Security. 2003. http://www.oas.org/en/sms/docs/declaration%20security%20americas%20

rev%201%20-%2028%20oct%202003%20ce00339.pdf. Accessed November 22, 2017.

OAS ”“ Organization of American States. “Inter-American Treaty of Reciprocal Assistance.Ë® Department

of International Law, Multilateral Treaties, 2009. http://www.oas.org/juridico/english/treaties/b-29.

html. Accessed May 03, 2017.

OAS ”“ Organization of American States. “Protocol of Amendment to the Inter-American treaty of

reciprocal assistance (Rio Treaty).Ë® Department of International Law, Multilateral Treaties, 2016.

http://www.oas.org/juridico/english/treaties/b-29(1).html. Accessed May 03, 2017.

Oliveira, Henrique Altemani de. Política Externa Brasileira. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

Oneal, John R. “The Rationality of Decision Making during International Crises.Ë® Polity 20, no. 4

(1988): 598-622.

Pagliai, Graciela de Conti. Segurança hemisférica: uma discussão sobre a validade e atualidade de

seus mecanismos institucionais. Hemispheric Security: a discussion about the validity and the

contemporary of its institutional mechanisms. Revista Brasileira de Política Internacional 49,

no. 1 (2006): 26-42.

Pecequilo, Cristina Soreanu. “A política externa do Brasil no século XXI: os eixos combinados de

cooperação horizontal e vertical.Ë® Revista Brasileira de Política Internacional 51, no. 2 (2008):

-153.

Ramacciotti, Beatriz M. Democracy and Multidimensional Security: The rising need for citizen security

in Latin America, 2005. http://pdba.georgetown.edu/Security/referencematerials_ramacciotti.

pdf. Accessed November 22, 2017.

Rathbun, Brian. “A Rose by any other name: neoclassical realism as the logical and necessary extension

of structural realism.Ë® Security Studies 17, (2008): 294”“321.

Raza, Salvador. “Terrorism in the southern cone: “prosfictional” view and power politics. Ë® Scribd,

https://pt.scribd.com/document/244774189/Terrorism-in-the-Southern-Cone. Accessed

May 03, 2017.

Ribeiro, Cláudio Oliveira. “Autonomia e universalismo como condicionantes da política externa

brasileira.Ë® Revista de Informação Legislativa 43, no. 171 (2006): 133-153.

Rodrigues, Thiago. “Narcotráfico e militarização nas Américas: vício de guerra. A emergência de

uma guerra.Ë® Contexto Internacional 34, no 1 (2012): 9-41.

Rose, Gideon. “Neoclassical realism and theories of foreign policy.Ë®World Politics 51, no. 1 (1998):

-172.

Saint-Pierre, Héctor Luis. “As “novas ameaças” Ã s democracias latino-americanas: uma abordagem

teórico-conceitual.Ë® In: Segurança & defesa nacional. Da competição à cooperação regional, edited

by E. Rizzo de Oliveira. São Paulo: Editora Fundação Memorial da América Latina, 2007.

Santos, Marcelo. “Passado e presente nas relações Colômbia-Estados Unidos: a estratégia de

internacionalização do conflito armado colombiano e as diretrizes da política externa norte-

americana.Ë® Revista Brasileira de Política Internacional 53, no. 1 (2010): 67-88.

Saraiva, Miriam Gomes. “Brazilian foreign policy: causal beliefs in formulation and pragmatism in

practice.Ë® In Latin American foreign policies: between ideology and pragmatism, edited by Gian

Luca Gardini and Peter Lambert. New York: Palgrave MacMillan, 2011.

Schweller, Randall L. “Unanswered threats: political constraints on the balance of power.Ë® Princenton

University Press, 2006. http://press.princeton.edu/titles/8197.html. Accessed May 03, 2017.

Silva, Francisco Carlos Teixeira da and Salvador Raza, Salvador. “As múltiplas faces do terrorismo e a

probabilidade de ocorrência de atentados no Brasil.Ë® In Encontro de Estudos: Terrorismo, edited by

Presidência da República, Gabinete de Segurança Institucional, Secretaria de Acompanhamento

e Estudos Institucionais. Brasília, 2006.

Sinjus. “Em nova Iorque, Lula critica ‘guerra contra o terror’ norte-americana.Ë® Notícias, 2003.

http://www.sinjus.org.br/modulos.php?nome=noticias&arquivo=visu_not&id_not=5333. Accessed

May 03, 2017.

Svartman, Eduardo Munhoz. “A agenda de defesa do Brasil para a América do Sul.Ë® In Políticas de

Defesa, Inteligência e Segurança, edited by Carlos Schimidt Arturi. Porto Alegre: Editora da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1 (2014): 48-65.

Taliaferro, Jeffrey W. “State building for future wars: neoclassical realism and the resource-extractive

state.Ë® Security Studies 15, no. 3 (2006): 464-495.

US. “Chapter 2. Country Reports: Western Hemisphere Overview.Ë® U.S. Department of State. Diplomacy

in Action, Bureau of Counterterrorism, Country Reports on Terrorism, 2014. http://www.state.

gov/j/ct/rls/crt/2014/239409.htm. Accessed July 26, 2016.

US. “Fifth conference of Ministers of Defense of the Americas: declaration of Santiago.Ë® U.S.

Department of State. Diplomacy in Action, 2002. http://www.state.gov/p/wha/rls/71005.htm.

Accessed May 03, 2017.

US. “Foreign Terrorist Organizations.Ë® U.S. Department of State. Diplomacy in Action, Bureau of

Counterterrorism, 2015.https://www.state.gov/j/ct/rls/other/des/123085.htm. Accessed May 03,

Viana, Natalia. “Brazil ”“ Cablegate: Brazil frames suspected terrorists on narcotics charges.Ë® WikiLeaks,

https://wikileaks.org/Cablegate-Brazil-frames-suspected.html. Accessed July 26, 2016.

Vigevani, Tullo and Gabriel Cepaluni. Brazilian foreign policy in changing times: the quest for autonomy

from Sarney to Lula. New Tork: Rowman & Littlefield, 2009.

Villa, Rafael Antonio Duarte and Manuela Trindade Viana. Security issues during Lula’s administration:

from the reactive to the assertive approach. Questões de segurança no governo Lula: da perspectiva

reativa para a afirmativa. Revista Brasileira de Política Internacional 53, no. special edition

(2010): 91-114.

Welsh, Rebecca. “Understood but undefined: why do Argentina and Brazil resist criminalising

terrorism?Ë® International Constitutional Law Journal 7, no. 3 (2013): 327-348.

WikiLeaks. “Judges warn that Brazil must do more to battle terrorism.Ë® Public Library of US

Diplomacy, December 19, 2007. https://wikileaks.org/plusd/cables/07SAOPAULO991_a.html.

Accessed May 03, 2017.

Downloads

Publicado

2018-04-25

Como Citar

Zaia, Sophia Luiza. 2018. “Autonomia E Política Externa: O Caso Brasileiro Na Luta Contra O Terrorismo Durante O Governo Lula”. Meridiano 47 - Journal of Global Studies 19 (abril). https://doi.org/10.20889/M47e19012.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.